Foto: Romulo Campos
Parque tem 14 mil hectares
Nesta quarta-feira (29), dia em que o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba completa 11 anos de criação, a prefeitura de Macaé, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, comemora a preservação desse conjunto de ecossistemas diferenciados pela elevada biodiversidade.
Considerado por lei uma unidade de Conservação Federal, o Parque, nestes 11 anos de existência e com o esforço dos três municípios onde está localizado (Macaé, Carapebus e Quissamã), preservou seus patrimônios naturais objetivando fins científicos, educacionais, paisagísticos e recreativos.
Com mais de 14 mil hectares, sendo 44 quilômetros de extensão costeira, o Parque está inserido numa planície arenosa. A área em questão, embora seja regionalmente conhecida como restinga, é na realidade um conjunto de ecossistemas diferenciados pela elevada biodiversidade e grande fragilidade ecológica.
Fauna, flora e lagoas - É nesse paraíso ecológico que ainda encontramos animais em extinção, como coruja- buraqueira e jacaré do papo-amarelo, além de plantas raras como a ninféia e a guriri, conhecida também por juruba que deu o nome a Lagoa de Jurubatiba. A região abriga ainda, 18 lagoas costeiras. A restinga de Jurubatiba é um trecho único do litoral brasileiro, o qual é biograficamente diferenciado das demais, através de processos ecológicos, de fauna e flora características. Recentemente, foram identificadas várias espécies novas de crustáceos planctônicos, como os copépodes Diaptomus azurea e Diaptomus fluminensis.
- Nós que já tivemos a oportunidade de compor o conselho consultivo do Parque Nacional por dois mandatos, um representando a Petrobras e outro o Governo do Estado, conhecemos de perto a biodiversidade e a potencialidade dessa Unidade de Conservação, suas lagoas, as formações vegetais que não são encontradas em nenhum trecho do litoral fluminense e o elevado número de espécies endêmicas, que por sua restrita distribuição geográfica estão ameaçadas de extinção. Por tudo isso é que o poder público e a sociedade civil têm o dever conhecer para preservar suas belezas naturais, ressaltou o secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz.
Ele destacou que entre as espécies da flora da restinga de Jurubatiba, encontram-se muitas de valor econômico, além de um importante banco genético com enormes possibilidades para o homem.
Fortalecimento de parceria – Estreitar os laços institucionais com a nova chefia do Parque é meta da Prefeitura. Na visão do prefeito Riverton Mussi, as medidas iniciais que serão implantadas pelo novo chefe do Parque, o arqueólogo Carlos Alexandre Fortuna, em abrir Jurubatiba para o turismo, educação ambiental e a diversificação de pesquisas contam com o apoio do município.