Levantamento sísmico volta a ser discutido entre prefeituras, associações e colônias de pesca

03/03/2009 10:49:43 - Jornalista: Equipe Secom

Representantes de prefeituras da região, de colônias de pescadores, associações de pescadores dos municípios de Macaé, Campos, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana continuam discutindo os impactos dos levantamentos sísmicos da indústria do petróleo na produção pesqueira. “Temos que nos unir, pois o segmento pesqueiro é muito importante para o desenvolvimento da nossa região”, disse o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Cliton da Silva Santos.

O assunto, que já havia sido debatido em Macaé, voltou a ser abordado em reunião na última semana, no Espaço da Ciência, na Praia de Atafona, em São João da Barra. De Macaé, participaram da reunião o secretário Cliton da Silva Santos, o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (Fumdec), Francisco Navega, o subsecretário de Pesca, José Carlos Bento da Silva, representantes da Colônia de Pesca Z3 de Macaé, a assessora especial da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ana Valéria Vieira, o advogado Alexandre Scherman e o consultor, Orlando Thomé.

Os representantes dos pescadores e dos municípios estão elaborando um plano para discutir ações compensatórias e outras providências legais em defesa da atividade pesqueira, com relação à pesquisa sísmica programada para março deste ano. O levantamento sísmico é a primeira etapa para a localização e exploração de reservatórios onde se concentram o petróleo e o gás natural. A próxima reunião será realizada no dia 20 deste mês, às 10h em São Francisco de Itabapoana.

A atividade sísmica exploratória utiliza o reflexo de ondas sonoras, geradas por meio de disparos de ar comprimido, que são produzidos por canhões de ar. Estes canhões produzem impulsos explosivos, gerando ondas sonoras dirigidas para o fundo do oceano. Os ecos produzidos por estes impulsos são usados para a obtenção de informações sobre características geológicas sub-superficiais.

De acordo com os pescadores e biólogos, estas operações causam grandes impactos à qualidade da água e aos animais marinhos, como descargas de efluentes dos navios, derramamento de óleo, impacto violento da fonte sonora sobre os animais, afastamento e alteração comportamental dos peixes. O levantamento também provoca impactos diretos aos pescadores, como danos aos equipamentos e restrição da pesca na área ocupada pelos navios.