Livro didático: um aliado nos bons índices de educação

28/08/2008 16:29:01 - Jornalista: Simone Noronha

A qualidade pedagógica dos livros didáticos adotados pelas escolas municipais tem ajudado o município a aumentar a cada ano o seu desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação. Os resultados positivos das escolas de Macaé são sempre muito comemorados por uma equipe que trabalha nos “bastidores”, que é a responsável pela logística de distribuição e controle dos livros didáticos nas escolas.

- Ficamos muito felizes em saber que também somos responsáveis pelo crescimento de Macaé no Ideb. Afinal, o livro didático é peça fundamental no aprendizado - comentou a coordenadora do Livro Didático do município, Rose Tomaz. Este ano, as escolas de Ensino Fundamental receberam 71.429 livros para as turmas do primeiro ao nono ano, e 2.478 livros para as turmas do primeiro ao terceiro ano do Ensino Médio.

A média geral de Macaé no Ideb cresceu em relação ao último índice. Nas séries iniciais, o município teve média 4,4, e, em 2007, o número subiu para 4,7, superando a meta prevista pelo Ministério da Educação, de 4,4. Nas séries finais, o Ideb também aumentou, passando de 3,6 para 3,9. Duas escolas de Macaé – o Colégio Municipal do Sana e a Escola Municipal Antônio Alvarez Parada - atingiram, respectivamente, os índices 6,5 e 6,2, superando a meta de média seis prevista para Macaé pelo Ministério da Educação somente para o ano de 2021.

A equipe do Livro Didático é formada por cerca de 40 profissionais de educação que trabalham diretamente nas escolas de Ensino Fundamental e Ensino Médio. O grupo participa de reuniões mensais na secretaria de Educação para a avaliação do trabalho – a próxima será no dia 19. O grupo participa do curso de formação continuada do Ministério da Educação, compartilhando experiências e vivenciando situações concretas sobre o Programa Nacional do Livro Didático.

- Nos nossos encontros mensais, discutimos sobre todo o processo que ocorre desde a escolha do livro até o momento em que ele chega às mãos do aluno. Este ano, estamos atuando diretamente com as escolas em um trabalho de conscientização do professor, do aluno e da família. O objetivo é difundir ações de bom uso do livro, conservação e devolução no final do ano, explicou Rose.

O trabalho realizado pela equipe do Livro Didático já rendeu a Macaé por dois anos seguidos (2005 e 2006) o primeiro lugar no concurso do Sistema de Controle de Remanejamento e Reserva Técnica (Siscort) do Estado. Disponibilizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, o Siscort coloca à disposição das escolas e secretarias estaduais e municipais de Educação um sistema desenvolvido para auxiliar no remanejamento dos livros didáticos distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e pelo Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (Pnlem).

Embora o Siscort seja um instrumento valioso para auxiliar no remanejamento, ele não resolve o problema de falta de livros por má conservação ou pela não devolução das obras pelos estudantes, no final do ano. Os livros devem ser utilizados pelos alunos por três anos consecutivos. A falta de conservação e a não devolução das obras levam o FNDE a adquirir, a cada ano, mais 13% do total inicial de livros, para repor os que não foram devolvidos ou que estejam sem condições de uso.