Macaé Cidadão qualifica funcionários

03/03/2009 16:16:45 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: João Aprígio

O ouvidor do município, Décio Braga, foi o palestrante desta terça

Sessenta e cinco profissionais da Coordenadoria do Programa Macaé Cidadão estão participando esta semana do sétimo Encontro de Capacitação, com uma série de palestras, na sede da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim). O Encontro acontece até quinta-feira (5).

- Nosso objetivo é capacitar os membros de nossa equipe com a finalidade de que sejam bem entrosados com a técnica de fazer pesquisa – conta a coordenadora do Macaé Cidadão Amélia Guedes. – Todos os anos, elaboramos tais encontros de capacitação, cujo fim é atualizar e otimizar a potencialidade de trabalho dos nossos funcionários para que a capacidade deles seja garantida com maior visibilidade.

Ela lembrou ainda que o Macaé Cidadão promove pesquisas na cidade há oito anos, sendo um executor de cidadania, especialmente quando busca informações e respostas da população acerca de quesitos fundamentais como o que cada morador gostaria que o poder público fizesse em sua redondeza. “Queremos inovar com maturidade técnica para colaborar com a administração municipal”, argumenta, assinalando que as pesquisas são um instrumento válido para a prefeitura e para as comunidades.

No primeiro dia do encontro, o ouvidor da prefeitura, Décio Braga, ministrou palestra sobre os temas “A Comunicação no ambiente de trabalho” e “A Comunicação e as Novas Tecnologias”, nas quais destacou a importância de conhecer mais o público alvo visando o aprimoramento da comunicação com o cliente. Outro ponto debatido foi a importância da troca de informações. “Uma pessoa não é valorizada pelo que ela sabe, mas sim pela forma como ela utiliza o conhecimento que obteve”, disse.

Pesquisas

Levar aos gestores da administração municipal pesquisas e dados reais para pôr em prática as ações em favor da população. Este é o principal objetivo do programa Macaé Cidadão, que já computou os dados da Pesquisa Domiciliar, realizada em 54.155 domicílios entre maio de 2006 e dezembro de 2007. Neste trabalho, 80 pesquisadores contabilizaram 175.496 pessoas.

No questionário, constituído e desenvolvido baseado em pensamento sociológico, há perguntas a respeito de domicílio, saúde, educação, meio ambiente, saneamento, esporte e lazer, atividades ocupacionais, migração, entre outros itens. Ao todo, foram 175 perguntas.

Desde 2001, a equipe do Macaé Cidadão já realizou 23 coletas de informações, num trabalho de campo junto à população. “Para 2009, já temos trabalhos agendados”, garante a coordenadora da coordenadoria do programa Macaé Cidadão, Amélia Augusta Guedes.

De acordo com ela, a pesquisa serve para que a prefeitura tenha conhecimento mais detalhado das demandas sociais, e assim implantar as políticas públicas corretas. “Desta forma, os gestores municipais não agirão utilizando o “achômetro” e sim de acordo com informações baseadas na realidade”, comentou Amélia, lembrando que o Macaé Cidadão também atua atendendo a demandas dos órgãos municipais.

A Pesquisa Ilha Colônia Leocádia, por exemplo, foi feita para atender à solicitação da secretaria de Meio Ambiente. Nela, a população residente na Ilha Colônia Leocádia (Nova Malvinas) participou do fato de ser importante proteger o local de futuras invasões, viabilizando o remanejamento destas famílias da área de preservação ambiental para outro local designado pelo município. O resultado prático da pesquisa já saiu: a prefeitura em parceria com o Ministério das Cidades está construindo casas na Ajuda para os moradores.

Em outubro e novembro de 2005, atendendo solicitação da Mactran – Macaé Trânsito e Transportes -, dezenas de coletores de informação do programa Macaé Cidadão saíram às ruas, em locais pré-definidos por aquele órgão público, para mensurar o fluxo de veículos em horários de pico, a fim de planejar formas de melhor fluidez do trânsito na cidade. As sinalizações existentes também foram avaliadas e renovadas graças a esse trabalho.

- Na pesquisa Agropecuária, tivemos como meta atualizar o perfil da atividade agropecuária, tendo como proposta o desenvolvimento e o acompanhamento dos planos e projetos relativos a este setor, além de promover o desenvolvimento rural no município de Macaé – conta Amélia. Ela diz ainda que este trabalho, desenvolvido em todas as propriedades agropecuárias de Macaé, foi realizado entre maio e dezembro de 2007.

Ela argumenta que diversas pesquisas de cunho sociológico têm sido realizadas pelo Programa Macaé Cidadão. Citou ainda como exemplo a do Comércio Feliz, quando se buscou saber as reais demandas de comerciantes e empresários da cidade. Esta coleta de informações ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2008.

Outra pesquisa foi a do Art Luz, também realizada no ano passado, em que o programa faz dez anos de implantação. O levantamento teve como objetivo investigar e avaliar os potenciais do programa e sua influência sobre o público alvo, constituído por crianças, adolescentes e mulheres. Nesta averiguação que resultou em livro, até vizinhos e membros das comunidades foram entrevistados.

Segundo disse a coordenadora do Macaé Cidadão, toda a equipe que trabalha nas pesquisas é reciclada e capacitada mensalmente e vem atuando ao longo dos anos, tornando-se portadora de grande experiência no campo da investigação.