Foto: Kaná Manhães
Com o tema “Macaé: um olhar para o ontem, o hoje e o amanhã”, palestrantes analisam a cidade para funcionários do Macaé Cidadão
Funcionários da Coordenadoria do Programa Macaé Cidadão, órgão de pesquisas da prefeitura de Macaé, participaram esta semana do VIII Encontro de Capacitação Interna, com o tema “Macaé: um olhar para o ontem, o hoje e o amanhã”. O principal objetivo foi levar à equipe dados sobre a realidade do município.
- É muito válido que os funcionários obtenham conhecimentos que focalizem fatos circunstanciais como a real situação de Macaé, onde tem acontecido desenvolvimento social e crescimento econômico, mas também problemas conectados à esta realidade, na qual o mundo de extração de óleo e gás na Bacia de Campos exerce influência, ora positiva, ora negativa, analisa a coordenadora do Macaé Cidadão, Amélia Guedes.
Para a pesquisadora do programa, Maria Celeste Seabra Lopes Filha, que já atuou em coletas de informação junto a comerciantes e empresários da cidade, o que chamou a atenção foi a mudança e a transformação que a Praia de Imbetiba sofreu devido à vinda da Petrobras para instalar sua sede no bairro.
- Absorvi conteúdos como o fato de o poder econômico ter produzido no tradicional bairro macaense conseqüências como a eliminação de processos de lazer, disponibilizados à população, até então. Nosso oitavo encontro de cidadania também colaborou para que aprimoremos e tenhamos mais incentivo com a finalidade de que nossos trabalhos sejam efetuados com um grau mais elevado, completa ela.
Palestrante do encontro, o coordenador da Câmara Permanente de Gestão, Romulo Campos, mostrou à equipe as ações da prefeitura que estão ajudando a melhorar o quadro de desigualdade social no município. “A maior preocupação do governo é preparar Macaé para o futuro. Por isso, os investimentos em educação, saúde e infraestrutura são prioridades para o prefeito Riverton Mussi”, comentou.
- Como exemplo, cito a Cidade Universitária, além de diversos programas na área de qualificação profissional. A prefeitura também tem realizado investimentos em prol de embasamento e alicerce de infraestrutura, uma vez que Macaé absorveu impactos devido ao crescimento provocado pela instalação da indústria petrolífera, a partir de 1976, e como conseqüência, o ônus que deve ser pago pela administração municipal, ressaltou Romulo.
O coordenador da Câmara de Gestão disse ainda que Macaé tem condições favoráveis de dar suporte a qualquer empreendimento ligado ao setor do petróleo. “Nossa cidade está preparada para receber investimentos e ações provenientes e oriundos das empresas vinculadas ao Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, que a cidade de Itaboraí está acolhendo, e também a respeito de atividades econômicas relacionadas ao Porto do Açu, em Quissamã”, comentou.
Dados Estatísticos
Já o gerente de projetos de Urbanismo e Saneamento das Comunidades, Hermeto Didonet, passou para o mesmo público-alvo dados estatísticos que refletem a situação vivenciada por Macaé. Em sua palestra, ele ressaltou informações da cidade, que tem experimentado circunstâncias positivas e negativas, como, por exemplo, a imigração de populações de outros municípios, estados e, até mesmo países, em busca de melhores condições de vida.
Para Hermeto, é válido o fato de que Macaé conquistou de maneira substancial uma significativa relevância e um importante potencial de atração econômica. Os funcionários do Programa Macaé Cidadão tiveram conhecimento durante o encontro sobre dados como Crescimento Populacional de Macaé, Taxas de Oferta de Emprego e Índice de Desenvolvimento Humano e Municipal (IDHM).
Macaé do Passado
Durante o encontro, também proferiu palestra a coordenadora da subsecretaria municipal de Acervo e Patrimônio Histórico e professora de História, Gisele Muniz. Ela abordou para o profissionais presentes que nas últimas quatro décadas foram significativas as transformações culturais vivenciadas na sociedade macaense.
Segundo ela, frente aos desafios referentes à cultura e ao desenvolvimento da cidade torna-se fundamental instituir diálogo capaz de abrir caminhos a uma reflexão, que assegure novas formas de crescimento econômico, social e cultural. “Nossa proposta é refletir sobre a importância do estudo da história de Macaé, como meio de criar mecanismos necessários para uma nova abordagem da sociedade macaense, de forma a resgatar e valorizar sua identidade”, comenta Gisele.