Meio Ambiente contabiliza ganhos com a Brasil Offshore

22/06/2009 10:23:06 - Jornalista: Lourdes Acosta

Com programas de licenciamento ambiental e urbanístico puxando outros projetos sustentáveis, a secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semmaurb) da Prefeitura de Macaé, contabilizou ganhos positivos com a quinta edição da Feira Brasil Offshore.

Além da sensibilização com empresas para o licenciamento e a exposição de programas como o de Redução de Resíduos do Município, que inclui o recolhimento de pilhas e baterias e a não utilização de sacolas plásticas e de projetos como o de educação ambiental, que promoveu uma verdadeira aula sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Macaé, a secretaria assinou um termo de cooperação com o Instituto Vida Sustentável, para dar o destino final às duas mil mudas de espécie arbórea da Mata Atlântica, que ficaram expostas no Espaço SA Socioambiental, durante os quatro dias da feira.

As duas mil mudas que foram concedidas pela prefeitura, em regime de comodato (empréstimo gratuito e temporário) para ornamentar a área de 2,5 mil m2, do programa socioambiental Espaço SA foram encaminhadas para o assentamento Celso Daniel, localizado próximo a Cabiúnas.

Pelo acordo de cooperação entre as instituições, os agricultores do assentamento, acostumados com as culturas do feijão, milho, aipim e árvores frutíferas, farão em regime de mutirão, o plantio das espécies nativas numa nascente e em outra área de preservação ambiental que se encontra degradada, com o apoio técnico da prefeitura, através da Semmaurb.

A negociação aconteceu no encerramento da Feira Offshore, numa reunião entre o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Maxwell Vaz, a presidente do Instituto Vida Sustentável, Mariza Carvalho (intermediadora) e o presidente do assentamento Celso Daniel, José de Ribamar Coelho (o gaúcho). Participaram também da reunião, o coordenador de arborização e paisagismo da Semmaurb, Flávio Sayão; Paulo Moraes e Paulo Patrocínio, diretores do Instituto e Leonardo Mussi, presidente da Associação Ecológica Amigos da Serra.

De acordo com o secretário Maxwell o reflorestamento das matas ciliares e nascentes é importante para a sustentabilidade local e global. “Recuperar áreas degradadas é um item destacado na reconstrução da Mata Atlântica que precisamos cumprir. Toda vez que se recupera uma nascente o valor da recuperação é ampliado, porque água é vida”, disse.

Ele explicou que as mudas doadas advêm de compensação ambiental prevista na lei municipal 3010/07, que determina, entre outras coisas, que para cada vegetação arbórea suprimida devam ser plantadas outras. As espécies que irão para o assentamento são formadas por quaresmeiras, pau brasil, angico, araçá, urucum e os ipês rosa, branco, roxo, entre outros.

Para José de Ribamar Coelho, a doação das mudas veio em boa hora para o assentamento e para a natureza. “Para nós do assentamento é importante receber e plantar essas espécies nas nascentes, porque reconhecemos a necessidade de recuperação das áreas ambientais que sofreram degradação. Com a conservação das nascentes a comunidade irá ter água com qualidade e estar de bem com a natureza”, assegurou.