Meio Ambiente recupera Córrego do Dantas na Semana da Árvore

25/09/2009 17:58:33 - Jornalista: Lourdes Acosta

Foto: Divulgação

Equipe iniciou plantio de mil mudas de espécies nativas

A comunidade do Assentamento Bendizia, localizada na Bicuda Grande, participou nesta sexta-feira (25), do início do reflorestamento de um dos principais afluentes do Rio Macaé – o Córrego do Dantas. A prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente (Semma) deu início à recuperação da Faixa Marginal de Proteção (FMP) do terço final do córrego, na parte que corta a área do assentamento rural.

À frente dos trabalhos, o secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz e sua equipe de técnicos das coordenarias de Recuperação de Áreas Degradadas e de Arborização e Paisagismo estiveram no assentamento e junto com a comunidade começaram a plantar mais de mil mudas.

- A área tem aproximadamente sete mil metros quadrados. Pretendemos reflorestar dois quilômetros do córrego até o Rio Macaé. Iniciamos na Semana da Árvore, mas, a prefeitura de Macaé tem interesse em restaurar ainda este ano, as florestas e as faixas marginais dos rios que banham nosso município e isso é uma determinação do prefeito Riverton Mussi. Além disso, a perda de cobertura florestal e a fragmentação dos remanescentes comprometem a biodiversidade e os serviços ambientais da Mata Atlântica, por isso, temos que promover ações integradas e fazer cumprir nosso compromisso com o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, protegendo os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas – acentuou

De acordo com um dos representantes da Associação de Produtores Rurais, do Assentamento de Bendizia, Renato Gonçalves Nogueira, o plantio na faixa marginal do córrego evita o assoreamento.

- Esse trabalho é importante porque protege o leito do rio e mantém o nível da água estável, evitando o assoreamento. Nós vamos manter essa parceria com a secretaria, pelo bem do meio ambiente. Há oito anos a gente esperava uma ação com essa de arborização, pois isso aqui antes era área de pasto. Somos gratos também ao prefeito Riverton Mussi, que tem sido um pai para a nossa comunidade de 69 famílias, quando se trata do social – destacou.

A informação técnica da Semma é que os assentados foram sensibilizados com a causa, já conhecem a importância da mata ciliar e como a falta desta provoca erosão. Em função da perda de talude, proveniente do desmatamento da faixa marginal de proteção, que durante muito tempo serviu para a pecuária e agricultura, o córrego tornou-se também um grande contribuidor para o assoreamento do Rio Macaé. Por isso, a Semma oferece a assistência técnica e as espécies frutíferas e de valor cênico como ipês branco, rosa e verde, urucum, quaresmeira, pau-brasil, jequitibá, canela, entre outras, para que a comunidade plante.

Mudas doadas – Das mil mudas que estarão reflorestando o afluente do Rio Macaé, 500 são fruto de uma parceria com a empresa de peças automotivas D’Lemos Auto Peças Ltda, que espontaneamente doou 300 espécies nativas e da ONG Bioma que fez a doação de 200 mudas.