Moradores de rua: desafio para a prefeitura

15/01/2009 17:45:29 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Bruno Campos

Durante a reunião, a subsecretária Bárbara Monteiro falou sobre os projetos da secretaria

Não chega a ser um problema apenas de Macaé, mas o sonho de alcançar uma vida melhor – desejo fomentado pela riqueza do petróleo e a desinformação sobre o mercado de trabalho do setor – provoca dia após dia a chegada de centenas de pessoas ao município. Entretanto, a grande maioria percebe que a falta de qualificação é um entrave a um bom salário e posição nas empresas offshore. Com isso, o número de pessoas que acaba sendo empurrada para viver nas ruas é alarmante – e crescente.

Este panorama foi descrito e debatido nesta quinta0-feira (15) na primeira reunião de trabalho da Secretaria de Assistência Social. O objetivo, a partir de agora, é dar respostas concretas com trabalho conjunto à população nos próximos 90 dias. Esta é a principal orientação do prefeito Riverton Mussi ao secretário da pasta, Júlio César de Barros. “Temos um desafio pela frente, mas vamos trabalhar dia e noite para equacionar esta questão”, disse.

O encontro com as assistentes sociais, que aconteceu no Paço Municipal, serviu ainda para a apresentação do novo modelo de gestão da secretaria para a equipe. Julinho enfatizou que pretende promover ações integradas com outras pastas do governo municipal, além de órgãos como Polícia Militar e Ministério Público, num grande somatório de esforços em prol da melhoria da qualidade de vida dos macaenses. “Vamos buscar esta integração para garantir a eficiência de resultados nos muitos desafios que temos pela frente”, informou.

Além do trabalho diário e pessoal com quem vive perambulando pelas ruas, a meta é transformar a Pousada da Cidadania – espaço onde atualmente quase 50 pessoas retiradas das ruas moram - num lugar de reabilitação para aqueles que perderam a cidadania. Contudo, Julinho foi claro ao dizer que a secretaria vai saber distinguir a situação de quem vive nas ruas. Isso porque, muitos deles, de acordo com o secretário, não são mendigos, mas enfrentam problemas com o alcoolismo.

Entre as assistentes sociais era visível a expectativa com o novo governo e com as ações que começam a ganhar corpo no setor. Em 15 dias, aliás, uma nova reunião deverá acontecer para traçar metas que deverão ser implementadas pela secretaria. Além disso, campanhas estão sendo elaboradas – como uma que pretende conscientizar o cidadão a não dar esmola e, assim, deixar de agir como facilitador para quem escolhe a rua para viver – e devem ser apresentadas.