Palestra ambiental fecha II Sipat 2009

07/12/2009 12:05:12 - Jornalista: Lourdes Acosta

“Responsabilidade para com o meio ambiente”. Este foi o tema tratado na palestra do engenheiro químico Carlos Pedro Neto, da Secretaria de Meio Ambiente (Semma), no encerramento da II Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) da prefeitura, na Praça Veríssimo de Melo, na sexta-feira (14).

O engenheiro ambiental alertou os trabalhadores municipais sobre os cuidados que todos devem ter para com o nosso ambiente, destacando temas como saneamento, a situação da água no Brasil e no mundo e gerenciamento de resíduos.

Ao conceituar saneamento básico, Neto afirmou que se trata de toda atitude tomada para a preservação o meio ambiente, de modo que promova o ser humano, dando-lhe qualidade de vida. Ele enumerou quatro pontos que formam o saneamento básico de uma cidade: o abastecimento d’água potável, a coleta de lixo domiciliar, o tratamento de efluente sanitário (esgoto) e a drenagem pluvial.

- Quando se fala de saneamento básico os quatro itens têm que estar presentes para a promoção da saúde do ser humano- pontuou, explicando que no Brasil, a falta de saneamento básico é responsável por 80% das doenças, 65% das internações e também pela morte diária de 15 crianças menos de cinco anos.

A estatística mostrada durante a palestra revelou que 22 milhões de brasileiros (11% da população) não têm acesso à água potável e ainda, que 97,5% da água disponível no planeta é salgada, restando apenas 2,5% de reservas de água doce. Desses recursos, 70% estão na Amazônia e somente 6%, na região sudeste do Brasil.

O representante da Semma citou os problemas associados ao gerenciamento dos recursos hídricos e informou que 2/3 da população mundial ficará sem água potável em 2025. Ele fez um alerta sobre o consumo excessivo crescente conclamando os participantes para que utilizem a água com prudência e ensinou algumas atitudes que podem retardar a falta d’água no Brasil.

- Precisamos evitar o desperdício ocasionado pela falta de conscientização. Não devemos poluir os mananciais; Precisamos utilizar balde no lugar de mangueira para lavar calçadas, automóveis; Temos que reduzir o tempo do nosso banho e da torneira aberta para escovar os dentes ou fazer a barba e quanto à descarga sanitária, usar com moderação. Assim, estaremos contribuindo para adiar a falta d’água – assegurou.


Resíduos – Podendo ser encontrado em estado sólido, semi-sólido e líquido, os resíduos são restos de quaisquer atividades ou processos de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial e agropecuária.

Segundo o engenheiro ambiental, os resíduos podem ser classificados como perigosos (como pilhas e baterias e alguns tecnológicos) e não perigosos. Ele acentuou a importância da reciclagem para que não haja comprometimento na vida útil de um aterro sanitário, sustentando que 16 milhões de brasileiros não possuem coleta de lixo domiciliar. “Em Macaé não dispomos de um aterro industrial para a coleta dos resíduos perigosos, mas, felizmente temos um aterro sanitário que entrou em operação em 2009, para a coleta dos não perigosos”, disse.

Vida útil – Ao finalizar a palestra o analista observou que a reciclagem de plásticos, vidros, metas e papéis, entre outros, muito iriam contribuir para a vida útil do nosso aterro sanitário. Além disso, ensinou que cada 50 quilos de papel reciclado evitam o corte de uma árvore.