Com o objetivo principal de incrementar a produção de alimentos orgânicos, produtores da agricultura familiar das micro-bacias do Rio D`Antas e de Serra da Cruz são alcançados pelo Programa Rio Rural/GEF com recursos financeiros do Banco Mundial a construção de estufas e viveiros de mudas de espécies nativas de mata atlântica e cursos afins. Serão liberados R$ 600 mil para projetos em 2009.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Cliton Silva Santos, lembra que o programa beneficia, diretamente, o produtor da agricultura familiar e, indiretamente, toda a população, levando-se em conta o que a agricultura orgânica representa para a saúde do ser humano, além da diminuição de gastos com a saúde pública pelo município, à medida que aumentar o consumo desses produtos.
- A execução do Programa Rio Rural/GEF é mais um fruto da integração entre o governo Riverton Mussi, por intermédio da subsecretaria de Agricultura, vinculada à secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, e o governo do estado, representado pelo secretário de estado de Agricultura e Pesca, Christino Áureo, disse o secretário.
Para o subsecretário de Agricultura, Jonas de Siqueira Cesar, a prefeitura desenvolve, em parceria com o estado, um trabalho de grande importância social. "É um programa de grande alcance social, porque beneficia, economicamente, produtores da agricultura familiar enquanto disponibiliza ao consumidor alimentos sem agrotóxicos e pesticidas", ressaltou.
Na aplicação dos recursos e supervisão do programa estão dois técnicos. Pelo estado, o extensionista social da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/Rio), Marcos Antonio Peruzzi, e pelo município - cedido em tempo integral ao programa - o engenheiro agrônomo João Flores, da subsecretaria de Agricultura.
O técnico da Emater/RJ fala dos diferenciais do Rio Rural/GEF e da previsão de verbas do programa para 2009.
- O objetivo social do Programa é alcançar a comunidade como um todo, transmitindo informações sobre cidadania, meio ambiente, responsabilidade social e ambiental, além de dar impulso à obtenção da sustentabilidade, através do manejo sustentável dos recursos naturais. Para 2009, a previsão é a execução de 50 projetos para cada microbacia - a da Bicuda Grande (Serra Escura e Duas Barras) e a de Serra da Cruz, no valor médio de ¨R$ 6 mil por projeto, num total de R$ 600 mil. Outro diferencial importante é que esses recursos são a fundo perdido, ou seja: não há necessidade do retorno do investimento financeiro à fonte financiadora, explicou Peruzzi.
O engenheiro agrônomo da prefeitura lembra que o programa tem realizado desde 2008. "Na micro-bacia do rio D`Antas, a primeira em que foi implantado o programa, em 2008, foram beneficiados, diretamente, oito agricultores familiares com o aporte de R$ 28,620 mil e, indiretamente, toda a comunidade com o Projeto Grupal, que é a construção de viveiros e estufas. O viveiro é a produção de mudas de espécies florestais e frutíferas nativas de mata atlântica", informou João Flores.
Além de disponibilizar o engenheiro agrônomo João Flores para trabalhar em tempo integral no Programa, a prefeitura faz doação de mudas e insumos orgânicos, transporta todos os materiais necessários e dá total apoio logístico ao programa.