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Os últimos preparativos foram definidos em uma reunião realizada esta semana
Macaé acaba de ser incluída no roteiro dos espetáculos de ópera da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O Diletante, que celebra 20 anos do projeto Ópera na UFRJ e os 90 anos da orquestra da universidade com homenagem bem-humorada para os apreciadores de ópera, ficará dois dias em cartaz no Teatro Municipal de Macaé: 16 e 17 de outubro, com entrada gratuita.
A peça é uma adaptação para a Copacabana dos anos 50 feita pelo compositor brasileiro e regente de orquestra João Guilherme Ripper, autor do libreto e música. A ópera em Macaé é fruto de parceria da Fundação Educacional de Macaé (Funemac) com a Fundação Macaé de Cultura (FMC) e as escolas de Música, Belas Artes e Comunicação da UFRJ que realizam a montagem.
No primeiro dia, quinta-feira, haverá récitas, às 17h, exclusivamente para os estudantes das três Instituições de Ensino Superior (IES) que compõem a Cidade Universitária – FeMASS, UFF e UFRJ – e às 20h para o público em geral. Na sexta-feira, a apresentação será somente às 20h. A peça tem nove cenas e duração aproximada de duas horas, contando com um breve intervalo. O Diletante estreia nesta quinta-feira (25), no Salão Leopoldo Miguez, Escola de Música da UFRJ.
Representantes da Funemac, Luciene Rangel; da FMC, Alessandro Peixoto; da UFRJ, Daniel Gil; da Superintendência Estudantil (SuperEst); e André Garcez, da Escola de Música reuniram-se, na tarde de terça-feira (23), para definir os últimos preparativos para a ópera em Macaé. O projeto tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e é um dos mais bem sucedidos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos na UFRJ. Desde sua criação, em 1994, já produziu 17 montagens compostas por docentes, discentes e técnico-administrativos da universidade.
O Diletante é baseado na comédia homônima de Martins Pena, um clássico do teatro de comédia brasileiro. O cenário é a sala do apartamento de Quintino, rico comerciante italiano, que alimenta paixão desmedida por La Traviata, de Verdi, e tem como maior desejo que sua família compartilhe essa paixão. O tempo todo o comerciante solicita a filha Josefina e a sua esposa Merenciana que cantem trechos da obra com ele e procura um tenor entre os pretendentes da filha. A sua paixão é tão delirante que as cenas do cotidiano de sua família sempre lhes remetem à ópera. Ripper, com seu estilo contemporâneo, é autor de obras como Domitila, Anjo Negro, Piedade e Onheama.
Os convites poderão ser retirados, a partir das 14h do dia do evento, na bilheteria do teatro. Os universitários têm de apresentar comprovante de vínculo com a universidade em que estudam para obter o convite. O Teatro Municipal de Macaé funciona na sede da FMC, na avenida Rui Barbosa, 780, Centro de Macaé.
Personagens - Quintino, rico comerciante italiano – barítono; Merenciana, sua mulher – mezzosoprano; Josefina, sua filha, ingênua e fútil – soprano; Gaudêncio, rico fazendeiro de Mato Grosso – barítono; Marcelo, malandro, aproveitador, vigarista – tenor; Constança, irmã de Gaudêncio – soprano. O coro é composto por empregados da casa, pessoas comuns, passantes, figuras em traje de banho e outras típicas de Copacabana dos anos 50.
Montagem - André Cardoso, diretor artístico e regente; José Henrique Moreira, diretor cênico; Marcelo Coutinho, diretor musical; Andréa Renck, coordenação de cenografia; Desiree Bastos, coordenação de figurino; Renato Machado, iluminação; Solistas e Coro da Escola de Música Orquestra Sinfônica da UFRJ; Pianista Gustavo Ballesteros.