Após solicitação do prefeito Riverton Mussi, técnicos do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) visitam nesta terça-feira (29) o município para iniciar o estudo de viabilidade técnica para a transposição da linha férrea e a retirada do pátio de manobras do Centro. O objetivo do projeto é minimizar o impacto do tráfego ferroviário na região central da cidade.
Os técnicos vão se reunir com o prefeito e acompanhar o tráfego em pontos considerados críticos pela passagem de nível. “A visita acontece segundo determinação do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, com quem nos reunimos neste mês em Brasília”, lembrou Riverton, acrescentando que, após a visita, os técnicos vão apresentar uma proposta oficial para a solução do problema.
O prefeito afirmou que a segurança para a população é um dos aspectos mais relevantes para a retirada do pátio – os vagões carregados de óleo fazem as manobras hoje na Avenida Fábio Franco, margeando a Linha Vermelha, no trecho entre o supermercado ABC e a antiga estação ferroviária.
- Trata-se de um lugar com grande concentração demográfica. Nas proximidades funcionam estabelecimentos comerciais e igreja, daí a necessidade da retirada do pátio de manobras - comentou Riverton. Cerca de 90% dos vagões fazem carregamento de óleo, o que reforça o argumento do prefeito para a retirada das manobras daquele local.
Segundo o secretário de Governo, André Braga – que acompanhou o prefeito no encontro em Brasília e participará da visita com técnicos do Dnit -, o transtorno causado no trânsito da cidade é também um dos fatores principais para a solicitação de retirada do pátio. “O transtorno no trânsito da cidade é grande, principalmente quando as manobras são efetuadas em horários de pico. Os trens fazem a manobra e chegam a parar o trânsito em até meia hora”, disse.
Na avaliação do prefeito, o crescimento de Macaé e a agilidade que a cidade precisa fazem com que o município não comporte mais a linha férrea cortando o eixo central, principalmente com vagões carregados de óleo. “A retirada da linha poderá dar fluxo ao trânsito”, disse Riverton.
Segundo o prefeito, existe um projeto para ocupar a área onde hoje passa a linha férrea com a implantação de um transporte coletivo auxiliar, o Ligeirinho. “Com a transposição da linha férrea, a área ocupada serviria para implantar um transporte de via expressa”, destacou.
Uma alternativa que a prefeitura projeta é que a linha férrea saia do eixo do município e seja transposta contornando a cidade por fora, passando pela margem da BR 101. Desta forma, o trecho de linha férrea entre Imboassica e Botafogo seria extinto. De acordo com o secretário de Governo, outros aproveitamentos poderiam ser realizados com a transposição da linha e a retirada do pátio, como a ativação da linha turística.
Braga assinalou que a prefeitura também estuda a possibilidade de construir um museu para contar a história da ferrovia do município e dos ferroviários como forma de preservar a história. “Para isso vamos ouvir a sociedade. Nosso objetivo maior é atender os anseios da população”, frisou o secretário.
Para o prefeito, a expectativa é grande em relação à retirada do pátio e à transposição da linha. “Esperamos sensibilidade do Ministério dos Transportes porque Macaé não pode mais suportar a linha férrea e as manobras no eixo central da cidade”, concluiu.