Prefeito e reitor da UFRJ: HPM deve ser Hospital Escola

14/10/2009 20:27:22 - Jornalista: Janira Braga

Foto: Robson Maia

Objetivo da parceria com a UFRJ é fomentar o desenvolvimento socioeducacional do cidadão

RIO - Transformar o Hospital Público Municipal (HPM) em um Hospital Escola, mantendo todos os atendimentos realizados hoje pela unidade hospitalar; e utilizar as instalações do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) para atividades da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esses foram os assuntos tratados entre o prefeito Riverton Mussi (PMDB) e o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, durante reunião realizada na sede da reitoria, no Rio, nesta quarta-feira (14).

O secretário de Gestão, Romulo Campos, o vice-presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Joelson Tavares e o coordenador da UFRJ em Macaé, Francisco Esteves, participaram do encontro.

- Estamos trabalhando, inclusive na busca de recursos, para transformar o HPM em um hospital-escola para atender ao curso de medicina da UFRJ. O HPM é uma referência na região e tem porte para abrigar o hospital-escola. Investimos por ano R$ 90 milhões na manutenção do HPM e nossa rede de saúde será ampliada com a inauguração da Unidade de Emergências Pediátricas, duas Unidades de Pronto-Atendimento, uma Clínica da Família e a Unidade Psiquiátrica. A saúde em Macaé representa 34% do orçamento, o que reflete na qualidade de vida que queremos dar para os cidadãos e com o hospital-escola, o ensino de qualidade para nossos futuros médicos – comentou o prefeito.

Já a utilização das instalações do IMMT poderá, segundo o prefeito, incrementar a proposta científica e acadêmica da parceria com a UFRJ. “O IMMT é uma das poucas Instituições Científicas e Tecnológicas locais e poderá ter suas instalações utilizadas pela UFRJ, o que vai confirmar o padrão internacional de tecnologia de ponta do instituto”, afirmou o prefeito.

O reitor da UFRJ destacou que apóia a implantação do Hospital Escola no HPM. “É indispensável para que o curso de medicina possa existir. Estaremos empenhados desde já neste processo para que se torne realidade”, comentou, informando que é necessário que o Conselho de Medicina aprove o projeto. “Para isso, é preciso demonstrar a existência de leitos voltados para o hospital-escola. Além disso, os médicos serão supervisores dos procedimentos. Existe todo um tipo de relação especial que os hospitais-escolas oferecem. Os hospitais oferecem atenção à saúde da população e os estudantes de medicina estarão lá dentro para realizar as práticas que fazem parte da sua formação”, definiu.

Sobre a parceria entre universidade e IMMT, Teixeira informou que considera importante para os professores, que também são pesquisadores, e pela possibilidade de se trabalhar junto com os profissionais do instituto. “Vamos criar uma aproximação, uma sinergia, uma cooperação que nos permita tanto nosso desenvolvimento, quanto deles”, observou, elogiando a parceria do governo municipal com a universidade.

A parceria entre prefeitura de Macaé e UFRJ abrange hoje, na Cidade Universitária, os cursos de Medicina, Nutrição e Enfermagem – iniciados em agosto – que somaram às graduações já existentes: Biologia, Farmácia e Química. A implantação em Macaé de um Centro de Pesquisa Marinha é outra parceria futura entre prefeitura e UFRJ.

De acordo com o secretário de Gestão, Romulo Campos, a produção científica de conhecimento e a realização de pesquisas é um dos ganhos da parceria entre prefeitura e UFRJ. “É fundamental ressaltar a dimensão e a grandeza da parceria com a universidade, com a presença efetiva da UFRJ em Macaé. Os cidadãos de Macaé são os grandes beneficiados com o conceito do governo de pensar no desenvolvimento socioeducacional”, avaliou.

O vice-presidente da Funemac, Joelson Tavares, ressaltou que o encontro com o reitor da UFRJ foi importante para estreitar a relação que está sendo construída entre município e universidade. “Essa relação envolve o partilhamento de ações. Temos doutores e mestres chegando à cidade, que vão dar fôlego ao ensino superior e à pesquisa na cidade. O governo municipal quer alocar esses professores e uma das possibilidades é o IMMT”, disse.

Já Francisco Esteves salientou que a reunião representou uma etapa importante no processo de implantação de um campus avançado da maior universidade pública do país em Macaé. “Para Macaé, queremos levar não só o ensino, mas a pesquisa, fundamental para fornecer ao município condições para que ele possa implementar políticas publicas calcadas em conhecimento gerado em seu próprio município”, disse.

Segundo Esteves, o objetivo é fazer com que a UFRJ se implante no município em caráter definitivo. “Com um novo modelo de interiorização, com docentes e pesquisadores instalados no município”, completou.