Histórias tristes, comoventes, de gente que, por motivos variados, perderam tudo e acabaram encontrando nas ruas a única acolhida. Esse podia ser o roteiro de um filme hollywoodiano, mas é o resumo da vida da maioria das pessoas que estão perambulando pelas esquinas do município e constituem um dos graves problemas sociais que a prefeitura tem pela frente neste segundo mandato do prefeito Riverton Mussi.
Numa abordagem feita em alguns pontos da cidade na noite desta sexta-feira (16), o secretário de Assistência Social, Júlio César de Barros, o Julinho, se deparou com inúmeras situações de risco que vão obrigar uma ação rápida e eficaz para dar fim ao sofrimento de famílias inteiras, bem como arrancar de Macaé a imagem de desordem muitas vezes provocada por quem vive nas ruas. No fim da abordagem, cerca de duas horas e meia depois, dois moradores de rua aceitaram ser reenviados às suas cidades de origem: Vitória e Itaperuna.
Somente em frente à rodoviária, debaixo de uma marquise, nada menos que 10 homens se refugiavam. Grande parte usando bebida alcoólica como subterfúgio para a situação, outros vivendo cada dia como único, sem a menor expectativa de mudança. Acompanhado do assessor Edivaldo Santos, Julinho questionava os motivos que levaram cada uma daquelas pessoas à mendicância. Além disso, o secretário oferecia ajuda do governo para aqueles que realmente tem o desejo de deixar as ruas.
“Este tipo de situação é cumulativa. A falta de ações específicas acaba permitindo que o problema piore”, enfatizou Julinho, ratificando uma posição que já havia sido ressaltada na primeira reunião de trabalho com a equipe da secretaria esta semana no Paço Municipal, que é de dar respostas à população em 90 dias. “É um enorme desafio, mas estamos empenhados em fazer o melhor”, disse.
Segundo Julinho, o problema do alcoolismo que grande parte das pessoas que vivem nas ruas enfrenta, é também uma questão crônica. Além disso, a abordagem feita ontem é um tipo de ação conciliatória, onde se busca aqueles que escolham pela ajuda da prefeitura para deixar a mendicância. Contudo, alguns se recusam a ir para a Pousada da Cidadania. Estes deverão ser alvos de uma segunda ação
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“Estamos buscando parcerias com a Guarda Municipal, a Polícia Militar e o Ministério Público para não permitir que ninguém fique pelas ruas da cidade”, explicou Julinho, apostando que ações conjuntas e integradas vão garantir a eficácia desta política social. “Queremos oferecer apoio e condições para que estas pessoas resgatem sua cidadania”, frisou.