Foto: Guga Malheiros
Obras ampliam coleta e tratamento de esgoto da cidade e vão beneficiar 120 mil pessoas de 23 bairros
Para beneficiar 120 mil pessoas e 23 bairros, atendendo a parte central da cidade, a Prefeitura de Macaé começa a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Centro, que forma o Subsistema Centro e que vai contar com 118 quilômetros de redes coletoras, 57 estações elevatórias, em área na Linha Verde, com 51 mil metros quadrados, equivalente a quase dez campos de futebol.
As obras, fiscalizadas pela prefeitura, por meio da secretaria de Obras Públicas e Urbanismo, estão sob a responsabilidade da Odebrecht Ambiental, empresa responsável pela operação, manutenção e ampliação dos serviços de esgotamento sanitário de Macaé, a partir do contrato de Parceria Público-Privada (PPP) firmado com a prefeitura.
O Subsistema Centro terá 118 quilômetros de rede coletora, o que representa um sistema de rede maior do que a distância entre Macaé e Campos, que é de 109 quilômetros. Ele inclui ainda coletor tronco e linha de recalque, as 57 estações elevatórias e uma ETE com capacidade para tratar 300 litros por segundo.
De acordo com Marcos Muffareg, presidente da Esane, Empresa Pública Municipal de Saneamento e que faz parte da Parceria Público-Privada (PPP), a montagem das placas que vão compor a ETE começa em abril. “É uma obra de grande porte. É a maior ETE construída em Macaé, transformando uma realidade do município. Quando o prefeito Dr. Aluízio assumiu, Macaé tinha 0% do esgoto tratado, o que impactava o meio ambiente, com risco para a saúde da população”, disse Muffareg.
Saneamento básico é uma questão de saúde pública
A construção da ETE Centro é mais um passo que o município dá na área de saneamento básico. O setor é considerado pela administração municipal como uma questão de saúde pública. Previstas para estarem concluídas ao final de 2017, as obras acontecerão nos bairros Vale Encantado, Lagoa, São Marcos, Granja dos Cavaleiros, Novo Cavaleiros, Glória, Cancela Preta, Riviera Fluminense, Sol y Mar, Jardim Vitória, Nova Macaé, Botafogo, Aroeira, Miramar, Visconde de Araújo, Campo D'Oste, Novo Horizonte, Praia Campista, Costa do Sol, Alto dos Cajueiros, Imbetiba, Centro e Cajueiros.
As intervenções, parciais ou totais, nas vias públicas dos bairros que compõem o Subsistema Centro, foram previamente acordadas pela Prefeitura e Odebrecht Ambiental com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Macaé. O objetivo é evitar grandes transtornos para a população durante a implantação da rede de esgoto. A empresa informará com antecedência à comunidade que locais receberão as obras e o período previsto para a execução, distribuindo materiais informativos e comunicados de interdições das vias públicas. Outras ações: reuniões com os moradores antes de iniciar as obras em suas localidades; além de uma campanha de divulgação. Todos os pontos de obra serão sinalizados com equipamentos de segurança, como tapumes e sinalização de alerta e desvios (diurno e noturno). A empresa disponibilizará o Plantão Social, formado por funcionários da empresa que estarão disponíveis para esclarecer dúvidas da população.
Estação de Tratamento de Esgoto
O Subsistema Centro contará com uma ETE, erguida na Linha Verde em duas etapas, com três grandes módulos. A primeira fase começou com a terraplanagem do terreno, já concluída, seguida da montagem das placas que compõem o primeiro módulo.
A conclusão da primeira fase está prevista para o segundo semestre de 2015 e a unidade será capaz de tratar até 100 l/s. A segunda etapa, com a montagem dos módulos restantes, está prevista para 2017, ampliando a capacidade de tratamento da ETE Centro para 300 l/s.
A ETE Centro tem a mesma tecnologia da ETE Mutum: o tratamento terciário, responsável pela significativa redução do fósforo e do nitrogênio contidos no esgoto, possibilita que o efluente seja devolvido à natureza mais límpido e livre dos elementos causadores da poluição. Outro grande benefício do tratamento terciário é a desinfecção do esgoto, por meio do sistema ultravioleta, que permite a redução de agentes infecciosos presentes no efluente. Essa etapa configura-se como a prática mais segura para o controle de transmissão de doenças.
Avanços no esgotamento sanitário de Macaé
Em novembro de 2012, antes do início da PPP, apenas 28% da população de Macaé tinha seu esgoto coletado. O município não contava com tratamento de esgoto, que era lançado in natura diretamente nos recursos hídricos, principalmente na Lagoa de Imboassica e no Rio Macaé.