Prefeitura, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – Unesco - e Odebrecht assinaram nesta quinta-feira (21), no hotel Du Lac, protocolo de intenções para a implantação do projeto “Escola em Ação” nas Escolas Municipais do Botafogo, Malvinas (Eraldo Mussi) e no Balneário Lagomar. O objetivo do projeto é utilizar as instalações escolares para a realização de diversas atividades: esporte, oficinas de qualificação profissional e outras.
O projeto “Escola em Ação – Uma história de resultados” comemorou um ano de sucesso de implantação no Colégio Municipal Engenho da Praia. Assinaram o protocolo o secretário de Desenvolvimento Social e Humano, Jorge Tavares, que representou o chefe do Executivo, a secretária municipal Especial de Educação, Milmar Pinheiro, o secretário Executivo de Gestão Integrada, coronel Edmilson Jório, André Barros, que representou o diretor da Unesco e criador do projeto, Pedro Lessa, e o vice-presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Miguel Gradin, que abriu a cerimônia.
- Agradeço ao profissionalismo dos participantes da implantação do projeto “Escola em Ação” e a todos que têm se empenhado nas ações sociais implementadas na escola Engenho da Praia. Vamos estender as ações do “Escola em Ação” a outras escolas, porque os objetivos do projeto fazem parte da cultura da empresa, que é de servir à comunidade em que atua, disse Gradin.
Segundo o vice-presidente da Odebrecht Óleo e Gás, o compromisso social da empresa é a criação de um programa para educação autosustentável, com a participação do poder público e da Unesco, detentora do projeto, que tem por objetivo reduzir a violência, através da integração da comunidade com ações esportivas, culturais, de lazer e educação, e com a profissionalização e qualificação de profissionais para inserção no mercado de trabalho.
Milmar Pinheiro ressaltou a qualidade do trabalho desenvolvido pela diretora do colégio Engenho da Praia.
- Com muita satisfação, participo das comemorações de um ano de implantação do “Escola em Ação” no Colégio Municipal Engenho da Praia. Cumprimento a Unesco e a Odebrecht por um ano de sucesso do projeto; uma parceria que deu certo, com ações que serão estendidas a outras escolas da rede municipal. O êxito do programa se deve ao empenho de voluntários da empresa, da comunidade, dos funcionários da escola e, quero ressaltar, da diretora da escola, Ivone Rodrigues, disse.
Escolas abertas nos fins-de-semana
Milmar Pinheiro enfatizou que a abertura da escola à comunidade nos fins-de-semana é um marco para o município, porque representa o bom uso de um bem público pela população. “A utilização do espaço para o lazer das famílias justifica sua abertura nos fins-de-semana, mas, o projeto oferece mais: a qualificação profissional. O êxito do “Escola em Ação” pode ser medido na prática pelo número de pessoas que conseguiram emprego, depois de capacitadas nas diversas oficinas montadas na escola”, concluiu.
André Barros descreveu o surgimento do projeto “Escola em Ação” que nasceu do projeto “Escola da Paz”, implantado pela Unesco desde 2001no município do Rio de Janeiro, que visa oferecer alternativas de inserção social e formação profissional a jovens e adultos.
Em nome do diretor da Unesco, criador do “Escola em Ação”, André ressaltou que o programa tem como um dos alvos principais a transformação dos jovens em cidadãos, e que a parceria Unesco-Odebrecht tem proporcionado melhorias de qualidade de vida para jovens em vulnerabilidade social.
- Com base nos resultados altamente positivos alcançados nas periferias no Rio, o projeto foi replicado no estado de Pernambuco, principalmente em Recife, e em outros locais, como São Paulo e Cuiabá. A abertura das escolas nos finais de semana, a utilização do espaço ocioso pela comunidade, sem ônus, sem custo, é a grande proposta do “Escola em Ação”, que mantém o projeto na escola do Engenho da Praia e estende a parceria com a Odebrecht e o poder público para outras comunidades. Todas as atividades – esportivas, de lazer e de qualificação profissional agregam valor ao projeto, cuja parceria com a empresa privada e a Educação (Semed ) é vital para o êxito, concluiu.
“Quanto mais equipamento social, menos violência
O secretário de Desenvolvimento Social e Humano, Jorge Tavares, repetiu uma frase de Frei Beto, que sintetiza a idéia do projeto.
- “Quanto mais equipamento social, menos violência”. A população de Macaé cresceu 28% entre 2002 e 2007, o que levou esta administração municipal a altos investimentos na área social e na educação, com grandes avanços. Das 113 escolas da rede municipal, temos 52 funcionando em tempo integral, quando o Governo Federal determina a implantação do horário integral até 2010. A parceria Odebrecht-Unesco com a Educação é essencial, como são vitais as parcerias das empresas privadas com o poder público para melhoria da qualidade de vida no município e queda dos índices de violência, afirmou Tavares.
O secretário Executivo de Gestão Integrada, coronel Edmilson Jório, representou o Programa Nacional de Segurança com Cidadania – Pronasci, do Governo Federal.
- A colocação de Macaé nas pesquisas do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) como a quinta cidade mais violenta do país e a segunda com o maior percentual de mortes de jovens entre 15 e 24 anos de idade levou a administração municipal a buscar a participação no Pronasci, única cidade de interior a participar do programa, informou.
Segundo o coronel Jório, hoje, Macaé colhe os frutos da semente plantada em novembro. Sabe-se que a queda da violência se dá em função de ações que atendam as demandas sociais, principalmente, junto às comunidades expostas a condições de vulnerabilidade social. A secretaria foi procurada pela Odebrecht, empresa cuja cultura é implementar ações sociais na comunidade em que atua, em parceria com o poder público. “Os resultados obtidos no Engenho da Praia nos conduzem à assinatura do protocolo de intenções, levando a parceria Odebrecht-Unesco-Semed para as Malvinas, Botafogo e Lagomar”, acentuou.
O professor de Metodologia Científica da Universidade Estácio de Sá, Jovenito Carvalho, justificou seu envolvimento no projeto. “Sou ex-menino de rua. Minha história é parecida com a desses meninos que vivem em áreas de vulnerabilidade social. Vivi 11 anos no lixão de Duque de Caxias, onde me alimentei com toda sorte de resíduos, dos seis aos 17 anos. Morava com uma mendiga de nome Joana, quando conheci o professor Benilton, formado em Letras, proprietário de uma escola de ensino fundamental, que me ajudou. A educação foi a ferramenta que me transformou. O Brasil precisa de muitos Beniltons e Joanas”, observou.
O representante da Petrobras – UNBC – Cyro Barretto – apresentou a palestra com o tema “A responsabilidade Social e o impacto na sociedade”. “Em nome da Petrobras, cumprimento a Odebrecht e seus parceiros no “Escola em Ação”, porque a empresa aprova toda iniciativa de projetos na área de responsabilidade social. A palestra de Rita Ippolito, da área de responsabilidade social da Odebrecht Óleo e Gás, foi sobre o tema “Escola em Ação: Uma história de resultados”. Ivone Rodrigues falou sobre “O projeto na escola, a escola no Projeto”, que retratou as experiências da Escola do Engenho da Praia. Deram depoimentos Jorge Luiz de Carvalho, voluntário da Comunidade Engenho da Praia; Antonio Murillo Bonfim, voluntário corporativo da Odebrecht, e Bruna Custódio Bitencurt, jovem participante do projeto.
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