A prefeitura de Macaé e a Caixa Econômica Federal entregam nesta sexta-feira (29), às 10h, as primeiras 47 casas para famílias que viviam em área de risco na Ilha Colônia Leocádia. As casas fazem parte de um termo de ajuste de conduta, assinado com o Ministério Público, para a retirada das famílias da Ilha, considerada área de proteção ambiental. Ao todo, serão construídas 422 unidades, com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades.
As primeiras unidades, construídas no Bosque Azul, na Ajuda, estão destinadas aos moradores da Rua Santa Bárbara, que começam a se mudar na próxima segunda-feira (1), com apoio da prefeitura. De acordo com o presidente da Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa), José Cabral, as unidades vão formar o segundo Condomínio Cidadão, modelo que recebeu o prêmio Selo Cidade Cidadã dado pela Câmara dos Deputados, em Brasília.
As casas têm dois quartos, sala, cozinha e banheiro, e são entregues com piso e forração. O condomínio conta com estação de tratamento de esgoto própria, sem passagem de automóveis. Todas as casas são construídas com tijolos da fábrica Habitar, que pertence à prefeitura. Neles, há isolamento térmico e acústico, sendo semi-estrutural: o tijolo não necessita de vigas.
Agora, a Emhusa aguarda a liberação de mais R$ 2 milhões do Ministério das Cidades para iniciar a obra das outras unidades. Ao todo, o Governo Federal está investido R$ 6,5 milhões no projeto. A prefeitura de Macaé entra com R$ 3 milhões. A ação na Ilha Colônia Leocádia faz parte da política habitacional do município, que tem como um dos objetivos remover famílias em áreas de riscos e em áreas de preservação ambiental, promovendo a inclusão social.
A Ilha Leocádia fica localizada a menos de dois quilômetros da foz do Rio Macaé, cercada pelas comunidades do Botafogo, Malvinas e Nova Esperança. O local começou a ser ocupado em 1998 e possui área com cerca de 2,5 quilômetros quadrados, situada no estuário do Rio Macaé, em uma área de manguezal alagadiça, cuja parte sul é área de preservação ambiental. O projeto da prefeitura para a Ilha inclui a recomposição do manguezal, criação de viveiros de mudas, implantação da coleta seletiva no entorno do Rio Macaé, entre outras ações previstas.