Prefeitura inicia obra emergencial de muro de contenção na Fronteira

04/07/2007 14:39:40 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro


A prefeitura de Macaé, através da secretaria Executiva de Obras, começou, na segunda-feira (02), a extensão do muro de contenção na Fronteira, para evitar que a força das ondas invada as residências na orla do bairro, em direção ao Lagomar. A extensão será de 300 metros em área onde as águas já levaram ampla faixa de areia que servia de proteção natural para as casas ali localizadas. A retomada dos trabalhos, em caráter emergencial, foi determinada pelo prefeito Riverton Mussi, ao tomar ciência do problema, para proteger moradores e residências.

Na segunda-feira (02), o secretário especial de Infra-estrutura Urbana, Adrian Mussi, acompanhado do secretário e subsecretário executivos de Obras, Tadeu Campos e Mário Bucker, e do assessor da secretaria, Marcelo Mussi, esteve no local, verificando as condições do mar e constatando a necessidade de retomada emergencial da construção do muro. De acordo com Adrian Mussi, a preocupação da prefeitura aumenta porque nos meses de julho e agosto as ressacas são sempre mais fortes e os riscos maiores.

- Hoje, observamos que a faixa de areia, que era de mais de 20 metros no início da construção do muro de 700 metros, desapareceu. As ondas já batem forte no muro de contenção e ainda não estamos na época das fortes ressacas - disse o secretário Tadeu Campos, informando que a secretaria calcula que para construir mais 300 metros serão necessárias mais 20 mil toneladas de pedras e cerca de 800 viagens de caminhão.

A construção do muro foi uma medida tomada pela prefeitura, seguindo orientações do Instituto de Pesquisas Hidrológicas (INPH) - órgão ligado ao Ministério de Transportes - que estuda a região desde 1982, acompanhando outros processos de erosão causados pelas correntes marítimas nessa área. Na ocasião, o Instituto enviou a Macaé, por solicitação da secretaria de Obras, um técnico que, junto com os técnicos da secretaria estudou o problema para encontrarr a melhor solução.

- A secretaria de Obras está contatando o Instituto para que sejam, novamente, calculados os riscos para a população e, além disso, o município solicitará a outros órgãos competentes estudos para que as ações a serem realizadas sejam as mais adequadas, para garantir a segurança da população - informou Tadeu Campos.

As obras de construção começaram em 2006, após várias ressacas fortes ameaçarem a área da orla, derrubando algumas casas e causando riscos de desabamento de outros imóveis. No início, foram usados 220 caminhões de pedras, cada um levando em média 25 toneladas. Como a água continuava batendo forte, com risco para as construções à beira-mar, a secretaria colocou pedras de até dois mil quilos, fortalecendo o muro, para conter a força das ondas.

Três carretas trouxeram diariamente, várias vezes por dia, grandes pedras da Pedreira Imboassica para a construção. Foram empregadas, nos 700 metros iniciais, 43 mil toneladas ou 17 mil metros cúbicos de pedras, em 1.200 viagens de caminhão. Para trazer as pedras ao local, a prefeitura utilizou frete especial e as carretas, que precisavam atravessar a cidade, de Imboassica até a Barra, foram acompanhadas por batedor da secretaria de Transporte e Trânsito, para evitar problemas no trânsito.