Prefeitura qualifica mais 32 garçons para o mercado local

12/06/2008 17:35:46 - Jornalista: Cesar Dussac

A prefeitura, por meio da Incubadora de Empreendimentos, da secretaria de Trabalho e Renda (Semtre), em parceria com a Associação de Garçons de Macaé, diplomou mais 32 garçons (23 homens e nove mulheres), alunos do Curso de Capacitação de Garçom 1, com 40 horas de carga horária. O evento aconteceu na noite desta quarta-feira (11), no auditório da Incubadora.

O presidente da Associação de Garçons de Macaé, Marcelo Viana, falou do objetivo da Associação na parceria com a Incubadora.

- A Associação agradece o apoio da prefeitura, do prefeito Riverton Mussi, à presidência da secretaria e à coordenação da Incubadora, além das empresas privadas que colaboraram com a Associação. O objetivo da Associação é capacitar pessoas para atender o mercado de Macaé, que é muito grande. Desta turma, 15 garçons já estão empregados em restaurantes da cidade. Isto é gratificante e nos anima a formar outras turmas”, disse o presidente.

Marcelo Viana adiantou que já estão inscritos 62 interessados para a triagem do próximo curso de Capacitação de Garçom 1, aberto à comunidade, programado para agosto. “Além do Garçom 1, estamos programando ainda para o segundo semestre deste ano cursos mais avançados, de especialização, com o apoio da Associação Brasileira de Sommeliers para a formação de maîtres ou mesmo de sommeliers, curso raro e top de linha”, informou.

Segundo o vice-presidente da Associação, Marcelo Olivan, diretor do Curso, os principais requisitos para um serviço de alta qualidade começam na seleção dos alimentos, continuam na manipulação, crescem na técnica de preparo dos pratos, na arrumação da bandeja, no servir ao cliente, em qualquer modalidade de serviço.

- Somos exigentes. Cobramos muito dos alunos, para que sejam bons profissionais. O Garçom 1 está acima do Cumim, praticamente iniciante. Consta de palestras sobre diversos assuntos, ligados direta ou indiretamente à culinária, e a prática desenvolvida na cozinha e refeitório. Os módulos são: Atendimento ao Cliente, Relações Humanas e Postura Profissional, Higiene na Manipulação de Alimentos e Economia Solidária. Os alunos aprendem os serviços adotados por hotéis - serviço à francesa, em que o garçom apresenta a bandeja ao cliente, que se serve, e a modalidade inglesa direta – tradicional – em que o próprio garçom serve o cliente. Nos restaurantes, o serviço, geralmente, é à americana, em que o cliente coloca os alimentos no prato, e o garçom atende o pedido de bebidas e de sobremesas, explicou Olivan.

Qualidade dos alimentos

O médico veterinário e fiscal sanitário da prefeitura, Ângelo Luz, professor de Higiene e Manipulação de Alimentos, abordou a matéria como é transmitida aos alunos, a partir da escolha do produto – fabricação, validade (os embalados) e coloração, procedimentos sempre acompanhados da higienização das mãos e ante-braços.

- O peixe, por exemplo, tem que estar com as guelras vermelhas, escamas aderentes à pele e olhos brilhantes. O frango de granja, comprado no mercado, deve ter aspecto amarelo pálido e odor característico; a falta de odor deve-se ao ranço da gordura. As embalagens em latas e tetra-pack (pacotes) não podem estar abertas, amassadas ou estufadas. A maionese caseira é de fácil contaminação por micro-organismos indesejáveis, porque o ovo não é pasteurizado, o que não acontece na maionese industrializada, ensinou o médico sanitarista.

Para Henrique Serpa, aluno do curso e já empregado, a qualidade do curso é ótima. “Não tinha formação profissional na área. O curso abriu as portas de emprego para mim. Estou trabalhando no Brazão”, disse. Para Tiago Furtado, o curso foi essencial. “Aprendi a manipular corretamente os alimentos, tratá-los com higiene, cresci profissionalmente. Trabalho como autônomo em buffets”, declarou. Edilton Alves é empregado em buffet. “Tinha pouquíssimo conhecimento. Agora, até corrijo meus colegas no emprego. Depois do curso, me empreguei no Botequim do Adonias.

O aluno mais antigo, 58 anos, Carlos Alberto de Oliveira, foi considerado o melhor. “Nunca trabalhei na área, nem pretendo, mas os conhecimentos adquiridos foram super válidos para minha vida”, afirmou. O aluno mais novo, 15 anos – Moisés Nascimento, uma exceção no curso, segundo Olivan - ainda não pode exercer a profissão. “Estou trabalhando na Associação. Quando for maior de idade, quero ser profissional”, afirmou.

O secretário de Trabalho e Renda, Robério Fernandes, enfatizou o apoio da prefeitura. “A prefeitura, por meio da Incubadora de Empresas desta secretaria, tem disponibilizado o restaurante - escola com todo a estrutura – fogão industrial, freezers, máquinas de fazer massas, além dos ingredientes para as aulas práticas de culinária. O prefeito Riverton Mussi, ele mesmo, tem interesse em promover os profissionais do setor no município”, afirmou Robério.

A coordenadora da Incubadora, Maria Amélia Gonçalves, desejou sucesso aos formandos. “Façam bom uso da qualificação e busquem mais conhecimentos e informações, para a valorização profissional. Todo profissional tem que investir, sempre, em sua qualificação. Que vocês cresçam cada dia mais. A Incubadora vai continuar apoiando”, concluiu.