Dentro das ações propostas no Plano de Contingência para controle da dengue no município, a prefeitura de Macaé realizou, nesta quarta-feira (7), mais um mutirão de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, no bairro Lagomar. Diversos setores da secretaria especial de Saúde e outras secretarias municipais participaram dos trabalhos.
Segundo o secretário especial de Saúde, Luiz da Penha, os serviços foram focados na prevenção, com distribuição de folhetos explicativos e visitas domiciliares para identificação dos criadouros. “Apesar de estarmos com baixos índices de infestação, não podemos diminuir a vigilância. A nossa missão, junto com a participação da população é não deixar o mosquito nascer”, alertou.
Luiz acrescentou que o bairro foi escolhido por ter uma grande concentração de residências e indústrias que acabam precisando de atenção especial. “Estamos contando com a parceria das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e da secretaria Especial de Infra-estrutura Urbana, através da secretaria Executiva de Obras, que disponibilizou caminhões limpa fossa e de retirada de água empossada”, disse.
O gestor do Fundo de Assistência aos Animais, Elcio Pontes, lembrou que além do combate à dengue o mutirão também contou com o trabalho da equipe de combate aos roedores do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
O instrutor de solda de uma instituição de treinamento para soldador, Aridalto de Andrade, elogiou o trabalho realizado pela prefeitura e falou que este é o caminho para manter a doença controlada na cidade. “A prevenção é melhor forma de evitar uma epidemia e a prefeitura faz este trabalho muito bem. A equipe do CCZ sempre está por aqui. Minha irmã mora no município de Belford Roxo e disse que a situação por lá está crítica, porque não é feito um trabalho permanente como o feito em Macaé”, completou.
O vigia Alexandre de Freitas disse que para evitar a dengue sempre faz sua parte, mantendo as caixas e tambores d`água fechados e o quintal limpo. “É importante que estejamos sempre atentos”, frisou.
A gerente técnica do CCZ, a veterinária Cristina Pereira, lembrou que na próxima semana, entre os dias 12 e 16 será realizado o segundo Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRAa).
O LIRAa permite verificar como está a situação real do vetor da dengue no município. Além disso, através do mapeamento, é possível identificar as áreas de maior incidência do mosquito. Os dados obtidos com a pesquisa são essenciais para se definir as estratégias de combate à dengue que serão colocadas em prática.
Mutirão – Em março, a prefeitura realizou uma Força Tarefa de combate à dengue nos bairros Imbetiba e Parque Valentina Miranda, onde mais de 150 pessoas entre profissionais de saúde e voluntários participaram da ação.
Na ocasião, também foi lançada a terceira Campanha de Homeopatia contra à dengue, que teve a adesão de aproximadamente 200 mil pessoas, entre moradores da cidade e de outros municípios.
Combate - O Centro de Controle de Zoonoses vem realizando o combate ao mosquito aedes aegypti, com visitas domiciliares e o trabalho perifocal, nos terrenos baldios, valões, valas e bueiros. O centro também possui uma equipe que atua em pontos estratégicos como borracharias, ferros-velhos, empresas de ônibus e cemitérios, além de realizar ações de conscientização e orientação da população. Atualmente existem 350 pontos estratégicos.
A população pode contar ainda com o Disque Dengue (22) 2762-0175, para fazer suas solicitações, denúncias e reclamações sobre o combate à Dengue. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Dengue – A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti, que se reproduz em água limpa e parada.Os sintomas da doença são: dor de cabeça e nos olhos, febre alta, dor nos músculos e nas juntas, manchas vermelhas por todo corpo, falta de apetite e fraqueza. A única forma de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer. Para isso, é preciso acabar com os criadouros.
Nunca deixe água parada em garrafas, pneus, pratos de vasos de plantas, bacias, copinhos, tampinhas, cascas de ovos. Também não se deve deixar de tampar caixas-d`água, cisternas, tambores, poços e outros depósitos de água.