Prefeitura retoma parcerias para lan houses públicas

18/11/2008 16:06:35 - Jornalista: Lourdes Acosta

A secretaria municipal especial de Desenvolvimento Sustentável (SMEDS), através da ação da executiva de Inovação, Ciência e Tecnologia (Seictec) retomou nesta terça-feira (18), suas atividades de buscar na iniciativa privada e nas instituições públicas, parceria para o ‘Macaé Inteligente’. O projeto concebido na atual administração e que visa a inclusão social com ênfase no desenvolvimento sustentável de Macaé, estava inativo no período eleitoral.

A meta é inaugurar o maior número possível de lan houses públicas já no início do ano que vem. Por isso, a equipe de captação de projetos da Seictec já está nas ruas em busca do apoio das empresas e outros organismos para a doação de equipamentos de informática usados e a adoção das lan houses.

Para o coordenador da captação de projetos da prefeitura, Frederico Motta, a responsabilidade social deve ser exercida além dos muros das empresas. Por isso, várias organizações já receberam propostas para doar sucatas para a Fábrica de Cidadania e adotar lan houses, através dos programas de responsabilidade social.

- Hoje, um dos assuntos mais discutidos pela sociedade civil é a responsabilidade social como um instrumento de gestão. Consideramos a importância das empresas na concretização desse trabalho, com ênfase na inclusão social e no desenvolvimento sustentável, e propomos essa parceria, explicou Frederico.

Ele convoca as empresas para que ao fazer seu balanço de final de ano, não joguem fora as sucatas de seu micro, pois elas poderão ser aproveitadas na Fábrica, local onde o jovem em situação de vulnerabilidade social é orientado por técnicos e aprende a reformar os micros e a reciclar o hardware, através do curso/estágio prático de montagem e manutenção de microcomputadores. Os computadores já reformados e montados são colocados na comunidade (lan house pública), o que viabiliza o acesso à Internet nos bairros.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Juvêncio Papes, o projeto proporciona cidadania e inclusão social, no momento em que permite a capacitação dos jovens para o mercado de trabalho e a participação da iniciativa privada e de órgãos públicos, como é o caso da Polícia Federal que recentemente fez doação de equipamentos.

- A parceria é muito importante porque além de qualificar mão-de-obra para o mercado de trabalho e possibilitar o acesso da população de baixa renda à rede mundial de informações, resgatando a cidadania, também evita que os equipamentos sejam colocados em locais inadequados, prejudicando o meio ambiente. Outro aspecto é a promoção do desenvolvimento sustentável de nossa cidade, onde sociedade e governo trabalham juntos para o bem comum, frisou.

Para se tornar parceira do projeto - que já conta hoje com 15 lan houses nos bairros da cidade e já formou 300 pessoas em montagem e manutenção de micro - as empresas podem doar ou alugar equipamentos de informática para o funcionamento das lan houses ou ainda, disponibilizar mobiliário. Em contrapartida, a prefeitura oferece local adequado, com acesso à Internet, luz, água potável, banheiros, linha telefônica e acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais.

Na opinião de Monique Matias, 16 anos, aluna da Escola Municipal Maria Isabel e freqüentadora assídua da lan house do Centro, esse projeto é vantajoso porque lhe dá acesso gratuitamente às pesquisas escolares. Já Aline Mattos Pacheco, 25 anos, capacitada no curso de montagem e manutenção de micro pela Fábrica de Cidadania, acha fascinante e positivo. “É fascinante descobrir como montar um micro, além disso, já estou trabalhando como monitora”, disse.