A prefeitura de Macaé alugou a pousada Chalé do Frade, no distrito do Frade, para que o Fundo Municipal Anti Drogas (Fundmad) faça funcionar o Centro Municipal de Internação, Tratamento e Recuperação da Dependência Química. Segundo o gestor do Fundo, Fernando Lima Brolo, o Centro terá capacidade para abrigar 30 homens adultos e deve iniciar seus trabalhos no próximo mês de junho
São 3,2 mil metros quadrados de área construída, situada em 60 mil metros quadrados de muito verde para a desintoxicação e libertação (re-equilíbrio) de dependentes químicos. Psiquiatras, assistentes sociais, psicólogos, conselheiros químicos e monitores darão apoio técnico ao Centro.
A metodologia a ser empregada é de comunidade terapêutica. “A casa terá respaldo na lei para comunidades terapêuticas”, afirma Fernando. Ele acrescenta que no local há toda uma infra-estrutura para acolher e trabalhar na recuperação dos internos. Salas de reuniões, área para recreação, salão de jogos e até piscina compõem o Centro de Internação.
O Fundmad pretende fazer parceria com a secretaria de Saúde para garantir a parte operacional do projeto. Com a Fundação Agropecuária e de Abastecimento (Agrape), o acordo prevê a cessão de técnico agrícola para promover contato entre os internos e os trabalhos com a terra. Ou seja: laboterapia (terapia do trabalho). Além disso, os internos serão responsáveis pela manutenção e limpeza da casa, zelando pelo seu bom funcionamento com higiene e organização.
- É a primeira vez que uma administração municipal entra de frente num projeto como esse, em nossa região – diz o gestor. Ele lembra que devido ao sucesso do trabalho do Fundo na divulgação no setor de prevenção tem ocorrido crescente aumento no número de atendimentos nos programas ambulatoriais do município, por exemplo, os projetos Girassol, Gênese e Caps Ad Porto. – Esta demanda cada vez maior justifica o empreendimento da prefeitura – assegura.
Em Macaé, a comunidade terapêutica Shalom and Life é a única casa a trabalhar em regime residencial para dependentes químicos. Ela tem a capacidade para abrigar 20 internos. Para Fernando, quando o dependente químico passa a ser tratado significa, na maioria das vezes, que ele perdeu o vínculo familiar, social e profissional. “A internação vai colaborar para os ex-dependentes químicos reativarem tais laços, recuperando a auto-estima”, avalia.
- Nesse espaço, os internos estarão livres das substâncias psico-ativas e da violência que os cerca – afirma Fernando. – Terão a paz necessária para recuperar a sobriedade. Ele nomeou comissão formada por cinco profissionais do Fundo e do Conselho Municipal Anti Drogas com a finalidade de trabalhar na organização da casa.
Para isto, serão observados e adquiridos materiais de consumo (limpeza) e de escritório, além de equipamentos e outras coisas. “Assim, o Fundmad terá condições de apresentar demandas em termos econômicos à prefeitura para dar suporte ao Centro Municipal de Internação, Tratamento e Recuperação de Dependência Química”, finaliza o gestor.