Projeto Mosaico Serrano do Médio Macaé é discutido em oficinas

15/12/2008 14:26:29 - Jornalista: Liliane Barboza

O projeto Mosaico Serrano do Médio Macaé, uma parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema), já começou a ser discutido com a realização de três oficinas. A área para a implantação do projeto abrange uma extensão de 73.859 hectares que compreende as Unidades de Conservação Parque Atalaia, APA do Sana, Reserva Biológica União, além do assentamento Bendizia na Bicuda Grande e duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

O objetivo principal é garantir uma melhor gestão dessas Unidades de Conservação e a preservação do meio ambiente.

De acordo com informações da coordenadora de Unidades de Conservação (UC) da Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema), a bióloga Érica Steagall, o projeto surgiu em 2005, quando o Ministério de Meio Ambiente realizou um edital para projetos que contemplassem as Unidades de Conservação e a sua gestão em Mosaicos de Unidades de Conservação. A verba é liberada pelo Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA).

- O projeto prevê a gestão das Unidades de Conservação em conjunto, fortalecendo por exemplo, o combate à caça e possibilitar uma gestão integrada das informações e ações, explicou.

Ela acrescentou ainda que a UFRJ é responsável por todo mapeamento e metodologia de implantação do mosaico e a Sema é responsável em fornecer o corpo técnico e gerenciar as informações. Nesta fase, segundo Érica o objetivo também é envolver outros parceiros, como lideranças comunitárias, fazendeiros e representantes de assentamentos. De acordo com a bióloga, além das parcerias com as Unidades de Conservação Federais, como da Reserva Biológica União e das duas RPPNs localizadas no Sana. O assentamento Bendizia já está inserido e deverá ser criada naquela região uma Unidade de Conservação.

- Para discutirmos o projeto já realizamos três oficinas. Uma na Reserva União e duas no Parque Atalaia, com o objetivo de diagnosticar os problemas sociais e ambientais na região, buscando sua possível mitigação (diminuição) e a partir do mapeamento verificar as possibilidades de conectividade entre os fragmentos e as Unidades de Conservação, acrescentou.

De acordo com Érica a intenção futuramente é envolver outras secretarias, para fortalecer ainda mais o projeto.

O secretário Executivo de Meio Ambiente, Henrique Emery, afirma que o Projeto Mosaico traz um novo modelo de gestão.

- É um modelo de gestão mais participativo, com um forte viés de educação e conscientização. Fortalece também a integração de projetos afins e similares que fortalecem a preservação e a recuperação do meio ambiente, como por exemplo, o projeto do governo do Estado, Rio Rural, enfatizou