Projeto Professor Investigador realiza quarta palestra

07/05/2008 17:12:14 - Jornalista: Marilene Carvalho

O projeto Profissão: Professor Investigador – o Estudo da História Local, promovido pela secretaria municipal de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph), realizou sua quarta palestra, nesta quarta-feira (7), lotando o auditório do Solar dos Mellos com cerca de 40 participantes. O tema apresentado foi “O uso das fontes primárias em sala de aula”, dissertado pelo professor doutor em História, Mário Soares, coordenador da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio de Janeiro (Faetec).

Na palestra, o professor Mário Soares apresentou sugestões de como trabalhar as informações sobre a história de Macaé em sala de aula, tendo como base o período do Brasil Colonial-Imperial. “Nossa proposta, é indicar sugestões de uso da documentação historial. Dentro da temática da história do Brasil, há inúmeras possibilidades de inserir a história local e regional num contexto mais amplo, aproveitando o material de trabalho como ilustração”, comentou Soares”. A maneira como o município se manifestou diante do movimento abolicionista é um dos exemplos citados na palestra como objeto de inserção.

Para a coordenadora do “Professor Investigador”, Gisele Muniz, o projeto é de grande importância, na medida em que possibilita a produção de novos conhecimentos sobre a história local. “Vivemos hoje numa cidade que abre seus arquivos ao público, e nossa meta não é a guarda dos documentos e sim a democratização do acervo que está disponível na Semaph. Nesse caso específico, que trata da história local, os professores de História são os maiores interessados, no dever de levar o conhecimento adquirido aos alunos. Dessa forma, eles estarão contribuindo para o reconhecimento da própria identidade local”, explicou a pesquisadora.

O palestrante Mário Soares participou recentemente do 1º Encontro Macaé em Fontes Primárias, onde apresentou a tese “Alforrias e Perfilhações na Macaé Escravista”, estudo que resultou da pesquisa sobre o período da escravidão no município. Em linhas gerais, os encontros com os profissionais de ensino objetivam à formação dos professores no que se refere à fundamentação geohistórica, para que a prática docente se torne ação investigativa e reflexiva. O projeto é aberto aos profissionais das redes pública e privada, de diversas séries, e seu desenvolvimento se dá em parceria com a secretaria municipal especial de Educação.