Projeto Rio Rural atenderá microbacia da Bicuda Grande

07/05/2008 16:57:20 - Jornalista: Thales Coutinho

Um projeto de Gerenciamento Integrado de Agroecosistemas em Microbacias Hidrográficas do Norte e Noroeste Fluminense. Assim é definido o Rio Rural, realizado pelo governo do Estado em parceria com a prefeitura de Macaé e o Banco Mundial. Na manhã, desta quarta-feira (7), o responsável pelo projeto e engenheiro agrônomo da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape), João Flores, e o extensionista social da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-RJ), Marcos Peruzzi, se reuniram para os últimos ajustes do Rio Rural na região.

Nesta quinta-feira (8), profissionais idealizadores do projeto farão uma apresentação para a comunidade local do Plano Executivo da Microbacia do Rio D`Antas, na Bicuda Grande, mas que envolve também as comunidades de Serro Escuro e Duas Barras. O conteúdo explicará as ações necessárias para solução dos principais problemas da microbacia, com definição dos responsáveis, recursos necessários (humanos e materiais), além da caracterização dos parceiros (ONG`s, empresas de pesquisa, governos e outros).

A microbacia do Rio D`Antas é uma das dez situadas no município de Macaé e uma das 24 microbacias selecionadas, na região norte, nordeste e parte da região sul do Rio de Janeiro. É área de preservação permanente, importante remanescente de Mata Atlântica, com 663 ha., além de duas áreas de reserva legal com 372 ha. O projeto também será implementado em mais 49 microbacias localizadas em 24 municípios e nas sub-bacias dos rios Imbé, Muriaé, Doce / Canal Quittingute e Bacias Costeiras do entorno da Estação Ecológica de Guaxindiba.

O projeto é um instrumento de planejamento que visa à auto-gestão comunitária para manejo sustentável dos recursos naturais. O objetivo é apoiar a adoção do Manejo Integrado de Ecossistemas (MIE), contribuindo para a diminuição das ameaças à biodiversidade, a inversão do processo de degradação das terras e o aumento dos estoques de carbono na paisagem agrícola em ecossistemas críticos e únicos de importância global da Mata Atlântica do Norte e Noroeste Fluminense, através do Manejo Sustentável dos Recursos Naturais (MSRN) por comunidades rurais, utilizando a microbacia hidrográfica como unidade de planejamento.

A expectativa dos organizadores é que a participação da sociedade seja efetiva. Para isso, foi elaborado baseado no Diagnóstico Rural Participativo com os grupos representativos da comunidade (prestadores de serviços, assentados, trabalhadores rurais, proprietários rurais, pecuaristas, moradores, sítios, pousadas e segmento religioso) de cada localidade onde será implementado o projeto.
Para o engenheiro agrônomo da Agrape, João Flores, a realização do projeto Rio Rural em Macaé contribuirá não apenas na questão ambiental, como na qualidade de vida da própria comunidade.

– O projeto engloba objetivos sociais, econômicos e principalmente os ambientais. O Rio Rural visa recuperar essa potencialidade dos recursos naturais renováveis, como por exemplo, o solo, a cobertura florestal e os corpos hídricos, mas também pretende gerar ocupação, emprego e renda para a comunidade. Tanto para o segmento produtivo que consiste à parte de agricultura e pecuária, como também os jovens, capacitando-os para algumas atividades e estimular o turismo sustentável – afirmou o engenheiro agrônomo.

O projeto Rio Rural em sua execução local conta com a participação da prefeitura de Macaé, Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape), Empresa Pública Municipal de Habitação Urbanização, Saneamento e Águas (Emhsua), e as secretarias executivas do Interior, de Trabalho e Renda e de Meio Ambiente.