Foto: Ana Chaffin
Equipe participou de treinamento nesta terça
A prefeitura de Macaé continua promovendo ações para prevenir a chegada da Gripe A (H1N1) ao município. Nesta terça-feira (7), a Secretaria de Saúde e Secretaria de Estado de Defesa Civil (Sesdec) promoveram curso de capacitação para médicos e enfermeiros do Hospital Público de Macaé (HPM). O objetivo do treinamento foi capacitar e qualificar os profissionais da área de saúde para atuar como multiplicadores em ações de prevenção a doença.
Durante três horas de treinamento, cerca de 20 profissionais, entre enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e médicos, participaram do treinamento teórico e prático sobre o vírus (H1N1). A Sesdec criou um programa para capacitar profissionais dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro ,com biosegurança de amostras de casos suspeitos do vírus.
- Nosso objetivo é capacitar os profissionais, e a partir de então formar multiplicadores que terão condições de realizar um atendimento rápido, eficaz e com segurança. Para o caso de paciente infectado, orientamos no módulo prático o uso das roupas específicas, de equipamentos de proteção e a maneira correta de tirar as roupas para não contaminar o próprio profissional, afirma a gerente da rede de laboratórios de Saúde Pública do Estado do Rio de Janeiro, Fátima Napoleão, que ressalta ainda, que não basta somente treinar, mas coletar material para exame e acalmar o paciente.
O curso orientou o profissional como proceder nos primeiros contatos com o paciente e a realização de exames. Os profissionais receberam, ainda, orientações para diagnóstico da doença, treinamento prático e orientações sobre o uso de equipamentos de segurança.
Segundo a diretora técnica do HPM, Márcia Amaral, até o momento não houve nenhum registro da doença na cidade. “Os profissionais estão prontos para atender o paciente com o vírus. Temos leitos de isolamento que atendem a pacientes de tuberculose, doença que também é grave e é relativamente comum numa cidade portuária como Macaé”, completa.
Desde que a doença foi detectada como ameaça de pandemia, a prefeitura de Macaé criou a Comissão de Monitoramento da Gripe A. Em junho, equipes da Secretaria participaram de um simulado de atendimento de casos confirmados da doença. A Secretaria de Saúde já recebeu alerta de vários casos suspeitos – principalmente de pessoas vindas de fora do país – mas todos foram descartados.
- O enfrentamento da ameaça requer uma ação conjunta. O vírus (H1N1) é um problema para a saúde pública. Pacientes suspeitos ou não, temos que fazer todo o atendimento recomendado pelo Ministério da Saúde. Através deste treinamento, os profissionais estão capacitados para diagnosticar a doença, comentou o secretário de Saúde, Eduardo Cardoso.
Os sintomas de contaminação pela Influenza A (H1N1) são semelhantes aos de uma gripe comum: febre superior a 38 graus, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal. Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória deve ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, período em que a pessoa espalha o vírus. A amostra tem de ser examinada em laboratório. No atendimento de triagem, os médicos também fazem o perfil epidemiológico do paciente, observando principalmente se ele esteve em áreas endêmicas – países como México, Argentina e Estados Unidos.