Foto: Ana Chaffin
Nesta terça, agentes estiveram no bairro Sol y Mar
A chegada do período de chuva aumenta a preocupação com a dengue. Para reduzir o número de casos confirmados no município, a secretaria de Saúde de Macaé vem fazendo um trabalho permanente de combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da doença.
O trabalho de campo e de conscientização da população, além do uso da homeopatia vem apresentando resultados positivos no município nos últimos anos. No primeiro semestre de 2007 foram confirmados 1.410 casos da doença, no mesmo período de 2008 e 2009 estes números chegaram a 494 e 319, respectivamente.
Nesta terça-feira, os agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram um mutirão no bairro Sol y Mar, reforçando o combate ao mosquito, que gosta de água parada. Na quinta-feira (29) a equipe estará no bairro Ajuda de Baixo.
Segundo o supervisor dos agentes do bairro, Roberto Viana, além das visitas domiciliares, onde são encontradas a maior parte dos focos, os agentes também visitaram estabelecimentos comerciais e terrenos baldios.
Na residência da dona de casa Marta Souza, o agente não encontrou nenhum recipiente com água parada. “Procuro deixar o quintal limpo, a cisterna sempre fechada e os vasos de plantas sem os pratinhos para não acumular água limpa”, revelou ressaltando que é preciso que cada um faça a sua parte para evitar a doença. Já no terreno baldio próximo a sua casa, os agentes encontraram restos de carros onde havia água acumulada, local propício para proliferação do mosquito.
O supervisor geral do controle da dengue , Erick de Souza, lembrou que entre os dias 19 e 23 deste mês, foi realizado o Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa). A pesquisa mostra o índice de infestação de larvas do mosquito em todos os bairros.
Erick afirma que o índice geral do município ficou em 0,9%, considerado bom pela Organização Mundial de Saúde que considera ruim quando o índice atinge mais de 1%. Mas ele alerta que em alguns bairros o cuidado deve ser redobrado, como Virgem Santa, Botafogo, Malvinas, Nova Malvinas, Aroeira e Morro de Santana, onde foram encontrados focos do mosquito. Dados do Ministério da Saúde apontam que de cada dez focos do mosquito da dengue, oito estão dentro das casas, nos vasinhos de plantas, nas calhas.
O secretário de Saúde, Eduardo Cardoso lembra que a vigilância tem que começar agora. “É neste momento que nós temos de eliminar todos os criadouros. Para que, quando nós chegarmos no verão, que é o pico da dengue, nós não tenhamos nem transmissão, nem epidemia”, explicou.
Homeopatia – A equipe Programa de Homeopatia e Práticas Integrativas, da Coordenação de Saúde Coletiva também já começou o trabalho de prevenção, com a distribuição do medicamento contra a dengue. A coordenadora de Saúde Coletiva, Laila Nunes explica que o medicamento não imune contra a doença e sim atenua os sintomas caso a pessoa venha ter dengue.
Na próxima quinta-feira (29), a equipe do programa estará fazendo um trabalho em parceria com os agentes no bairro Ajuda de Baixo. Na ocasião, os técnicos de enfermagem irão percorrer o bairro distribuindo o medicamento.
Laila explica que, além da aplicação do medicamento homeopático, a população será orientada pelos agentes de combate a endemias do CCZ sobre os cuidados no combate ao mosquito.
O medicamento pode ser usado tanto por quem nunca teve a doença quanto por quem já foi contaminado. O medicamento busca diminuir as dores no corpo, a febre e as complicações hemorrágicas do paciente. A dose não possui nenhum efeito colateral, podendo ser aplicado também em gestantes.