Secretaria de Trabalho e Renda apóia artesãs do Assentamento Celso Daniel

23/07/2008 18:37:02 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Bolsas, bonecas, sandálias, chapéus, bordados, crochês e outros produtos feitos a partir da fibra de bananeira são produzidos por oito artesãs do assentamento Prefeito Celso Daniel, localizado na Rodovia Amaral Peixoto, Km 179. O grupo de trabalhadoras recebe apoio da secretaria de Trabalho e Renda (Semtre), que promove qualificação, divulgação e ponto para elas comercializarem seus produtos. São 188 famílias assentadas.

Entre janeiro e abril deste ano, elas fizeram o curso de qualificação em fibra de bananeira. Em agosto de 2007, aprenderam técnicas com palha de milho. As equipes desfibram as bananeiras e tiram as palhas dos milhos para fazer os trabalhos manuais, contando com uma máquina de costura.

Segundo a artesã Sônia de Pinho da Silva, o grupo pretende expor em Rio das Ostras, nos dias 27 e 28 de julho, em ocasião do Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Também vendemos todas as sextas-feiras na Praça Veríssimo de Mello, das 9h às 17h, em feira organizada pela Semtre”, informa Sônia.

- Como o trabalho é realizado em grupo, fazemos a divisão eqüitativa dos lucros, baseados nas orientações da Economia Popular Solidária da Incubadora de Cooperativas, que também nos encaminha a eventos para comercializarmos o fruto de nossos trabalhos – conta ela.

De acordo com o secretário de Trabalho e Renda, Robério Fernandes, o maior objetivo do órgão público municipal é proporcionar cidadania a estas mulheres. “É obrigação do poder público gerar renda para os munícipes, cujo potencial devemos saber aproveitar”, afirma Robério.

Sonia ressalta que os trabalhos artesanais estão em fase inicial. “Nosso objetivo é, futuramente, garantir um salário mínimo para cada artesã”, pontua.

Produção e Comercialização de Pimenta

A produção de pimenta em conserva e “in natura” para venda é um trabalho que está começando no assentamento. As famílias trabalhadoras estão em processo de averiguação e testes. Segundo a assentada Lenice de Souza Silva, é meta do grupo fazer compotas (geléia e molho de pimenta). Por enquanto, as dez famílias envolvidas vendem pimenta de forma “in natura” nas feiras organizadas pela secretaria de Trabalho e Renda, na praça Veríssimo de Mello.

- Pretendemos assegurar nossa produção de pimenta para posteriormente vendermos os produtos manufaturados, idealiza Lenice. Nas feiras, o produto é vendido a R$ 6, R$ 4 e R$ 3 para a população. “Precisamos de apoio para, futuramente, ter maior infra-estrutura, a fim de comercializar em maior escala”, avalia a assentada.