Secretário de Indústria destaca inclusão de empresas de Macaé nas rodadas de negócios

21/06/2007 17:43:32 - Jornalista: Janira Braga

O secretário de Indústria, Comércio, Desenvolvimento e Energia, Alexandre Gurgel, destacou no terceiro dia da Brasil Offshore três vertentes importantes da feira: o fortalecimento das bases econômicas da cidade, com a participação de empresas de Macaé nas rodadas de negócios promovidas pelo Sebrae e pela Onip com apoio da prefeitura; a especialização da feira e as discussões promovidas nas conferências com foco no rejuvenescimento de campos maduros de petróleo.

- As 700 rodadas de negócios do Sebrae garantem a aderência de empresas de Macaé dentro do arranjo do petróleo, fazendo com que a economia do município seja fomentada. Cada vez mais os fornecedores e empresários de Macaé estão aparecendo no cenário offshore e esse desenvolvimento, que começa a ter aderência econômica, passa a sustentar o crescimento. Essa é a definição de desenvolvimento sustentável, que é o fortalecimento das bases econômicas dentro da cidade – afirmou o secretário.

Gurgel lembrou que empresas âncoras como Petrobras, Schlumberger, Technip, Shell, Acergy, Aibel Óleo e Gás, Chevron e outras, se relacionam com empresas de Macaé dentro das rodadas. As empresas âncoras estão representadas pelo departamento comercial e de compras e o objetivo é que pequenos e médios empresários apresentem seus produtos e serviços às grandes empresas de petróleo.

A especialização da feira foi ressaltada por Gurgel com a exposição de produtos e tecnologias avançadas. “Cada vez mais existe crescimento e aproveitamento tecnológico de produtos da nossa região na área de segurança do trabalhador, modelos de gestão, automação industrial, equipamentos de otimização de processos e outros”, pontuou.

O terceiro ponto importante apontado por Gurgel são os congressos dentro da programação de conferências. O tema principal deste evento dentro da Brasil Offshore são os limites tecnológicos de campos maduros. “A Bacia de Campos completa 30 anos em agosto e a discussão sobre os limites tecnológicos de campos maduros é importante”, disse.

Segundo o secretário de Indústria e Comércio, o Mar do Norte apresenta trabalhos sobre esse tema, assim como as empresas de Aberdeen e da Noruega - todas produtoras de petróleo. “A produção em Aberdeen e na Noruega começa a aumentar porque as empresas buscam mais petróleo nos reservatórios que não eram mais econômicos e nós vamos conseguir fazer a mesma coisa com a Bacia de Campos. No Mar do Norte, onde começava o declínio, já acontece o processo de ascensão da produção por conta dos investimentos tecnológicos que permitem a recuperação de petróleo no mesmo reservatório”, explicou.

Gurgel destacou que como Macaé já discute o rejuvenescimento de campos maduros na quarta edição da Brasil Offshore, os profissionais da área da região estão preparando as bases para que a produção da Bacia de Campos não entre em declínio.

Sobre a possível descoberta de petróleo abaixo da camada de sal em águas ultra-profundas – um dos assuntos mais comentados entre os investidores - o secretário disse que trata-se de novas fronteiras exploratórias que vão impactar em novas tecnologias. “São perfurações mais profundas, não em lâmina d´água, mas perfurações geológicas. Existem indícios de que é possível existir uma bacia sob a outra, no entanto, essas questões ainda estão em discussão no ambiente científico e técnico”, detalhou.