Refletir sobre os sentidos da diferença no capitalismo contemporâneo e tendo como interlocução a vida social nas grandes cidades. Esse é um dos objetivos da palestra “Subjetividade e política na cidade: desafios contemporâneos para as políticas das diferenças”, que será realizada dia 25 de novembro, às 19h, no auditório da Cidade Universitária, localizada na Rui Aloízio da Silva Gomes, nº 50, Granja dos Cavaleiros.
Para o palestrante Luis Antônio Baptista, PhD em Sociologia pela Universidade de Roma (La Sapienza), a idéia é ressaltar as sombras das práticas de aniquilamento da alteridade do passado, reeditadas na atualidade. “Simultaneamente vou ressaltar as produções e intervenções sobre a diferença, ressaltando os singulares efeitos do assujeitamento e de resistência presentes no cotidiano. Pretendo pensar sobre o que seria uma proposta de ‘vida fascista’ na atualidade e as formas de enfrentá-la”, comentou.
O evento faz parte do projeto Diálogos e Compromisso Social, da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), e que pretende propor um encontro baseado no diálogo e no comprometimento com o social. “Queremos criar um espaço fomentador de intervenções, de forma que cada um dos presentes também seja um fomentador de conhecimentos renovados e gerador de progressos múltiplos”, explicou Meynardo Rocha, organizador dos encontros.
A primeira edição do projeto foi realizada no dia 16 de setembro, com a palestra “Violência e Exclusão Social”, que foi proferida pela PhD em Ciências Políticas da USP, Cecília Maria Bouças Coimbra, que é presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia. Durante o evento, a professora situou historicamente o surgimento da dicotomia pobreza e criminalidade, pensando na articulação que se vai produzindo – em especial, a partir de meados do século XIX na Europa e, no Brasil, já no início do século XX – entre pobreza e periculosidade, pobreza e criminalidade.