Sema realiza palestra e mutirão de captura de caramujo africano, no Trapiche

26/05/2008 16:30:47 - Jornalista: Liliane Barboza

Uma equipe da secretaria executiva de Meio Ambiente (Sema) estará na quarta-feira (28), no distrito de Trapiche, região serrana de Macaé, para ministrar palestra sobre doenças causadas pelo caramujo africano. O assunto será apresentado pelo médico veterinário Marcos Felipe da Rocha Pinto, às 19h, na Unidade de Saúde da Família (PSF). De acordo com o coordenador de Resíduos da Sema, Maurício Passeado, além da palestra, está programado um mutirão de captura do molusco, na quinta (29), a partir das 17h, que deverá contar com a participação da comunidade local.

Segundo Maurício, a ação no Trapiche é uma parceria com a secretaria especial de Saúde (Semusa). Ele acrescenta que, durante a palestra, os presentes terão orientação de como eliminar o caramujo africano. “Achei interessante a iniciativa da secretaria de Saúde em promover palestras, mensalmente, com temas importantes. É sem dúvida um bom trabalho”, ressalta, informando que para realizar o mutirão de captura do caramujo africano serão distribuídas à população, luvas, sacos, lanternas, entre outros equipamentos necessários para o trabalho.

Passeado diz ainda que a população poderá contribuir com a captura dos caramujos africanos e a Sema tem a intenção de realizar o trabalho em outros distritos do município.

- Para capturar o caramujo basta que a pessoa proteja as mãos com um saco plástico ou luvas, pegue o molusco e coloque no lixo, jogando, em seguida, sal fino em cima dele para desidratar. Depois disso, o molusco deve ser encaminhado para local apropriado - ensina.

No perímetro urbano, de acordo com Maurício, o trabalho de captura do molusco continua nos bairros Mirante da Lagoa, Barreto, Parque Aeroporto, Campo do Oeste, Cavaleiros, entre outros.

Origem do caramujo africano

Para quem não sab, o caramujo africano é uma espécie nativa do leste e nordeste africano e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se, perfeitamente, em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".