A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semaurb), através da articulação dos membros do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental do Sana (APA do Sana ou Sanapa), conseguiu que uma empresa recuperasse a nascente da Lagoa da Bocaina, também conhecida como Brejo dos Pinheiros. Uma das medidas tomadas foi a revegetação com o plantio de 100 mudas nativas da região.
De acordo com informações do secretário Executivo do Sanapa, Márcio Nascimento, a intervenção da Secretaria de Meio Ambiente para recuperar a área teve início em 2004. “A área recuperada naquela época era de propriedade particular, no entanto, o dono da terra faleceu. A terra foi vendida e os novos donos tinham a intenção de lotear o local. Nós não permitimos que isso acontecesse”, lembra.
Ele explica que a área possuía duas nascentes que estavam sendo ameaçadas pela estação de tratamento de esgoto construída pela empresa, novo proprietário do local, bem como de grande quantidade de entulhos jogados á beira da lagoa.
- A comunidade se mobilizou e foi deferido que a empresa recuperasse a área tomando medidas, como a retirada do entulho, a recuperação do espelho d’água, drenagem das vias da lagoa, revegetação realizada com o plantio de 100 mudas nativas da região e escoamento para as águas das chuvas – explica.
Segundo ele, através dessas ações já houve um aumento significativo do volume e do espelho d’água. “O local já pode ser frequentado tranquilamente por crianças e adultos”.
- O trabalho de recuperação da nascente da Lagoa da Bocaina, inicialmente contou com o apoio do subsecretário Henrique Emery, do engenheiro agrônomo Flávio Sayão e da coordenadora de Unidades de Conservação, a bióloga, Érica Steagall. Agora, temos à frente um grande defensor da preservação ambiental, que inclusive já promoveu uma reunião no início deste ano, para a criação de uma Câmara Técnica, visando elaborar um Plano Estratégico de Turismo no Sana, que é o Maxwell Vaz, titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo – diz.
Ações emergenciais para o Sana - Outras medidas apontadas pelo Conselho Gestor da Apa do Sana, que já foram encaminhadas pelo secretário Maxwell Vaz, aos órgãos competentes são: combate ao som alto dos veículos; a presença de salva-vidas nas cachoeiras do distrito; policiamento; limpeza e coleta de lixo; assistência social; retomada do levantamento e abordagem dos visitantes no Portal do Sana; recolocação de um caixa eletrônico do Banco Itaú e a instalação de uma operadora de celular que deverá ser devidamente licenciada pela Anatel.
Distrito do Sana - Situado a 165 km do Rio de Janeiro, o sexto distrito de Macaé localiza-se na região serrana, a oeste do município. Faz divisa ao sul com o município de Casimiro de Abreu, com Nova Friburgo, a oeste, e Trajano de Moraes, a noroeste. A área total da APA é de 11.802 hectares, abrangendo todo o distrito. O Sana tem sua paisagem marcada pelo relevo da Serra do Mar, com altitudes variando entre 190m e 1.800m. A sua comunidade é bastante conhecida pelo engajamento pela preservação ambiental do local. Possui cerca de 2.500 moradores e 800 residências, das quais 300 estão no Arraial do Sana, centro comercial do distrito.
Área de Preservação Ambiental – A Apa do Sana foi criada em 2001, pela Lei Municipal 2172 e teve como objetivos promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; além de preservar e proteger a fauna, a flora e as belezas naturais, como as elevações rochosas, cachoeiras e vegetação, e ordenar o processo de ocupação. A Apa é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável dos Recursos Ambientais, e engloba toda a extensão do distrito, um total de 11,6 mil hectares.