Teatro do Oprimido: profissionais da Saúde recebem capacitação

14/08/2009 10:24:13 - Jornalista: Cristian Santos - estagiário

Profissionais da Secretaria de Saúde de Macaé (Semusa) participam da primeira etapa do Encontro de Estética do “Teatro do Oprimido”, do Ministério da Saúde. O objetivo é multiplicar a metodologia por meio de palavras, sons e ainda estimular os profissionais nas atividades artísticas. A atividade visa apresentação de uma peça de teatro no mês de setembro feita pelos profissionais. O apoio é da prefeitura, por meio da Semusa e do Ministério da Saúde. O encontro termina, nesta sexta-feira (14), com atividade que tem o tema “O lixo Humano”.

Segundo o secretário de Saúde, Eduardo Cardoso, o Teatro do Oprimido oferece a possibilidade de mudar a realidade em que as pessoas vivem. “É um projeto bonito, é uma forma de se expressar. A proposta é trabalhar o paciente integrando-o na sociedade, aumentando sua cidadania. Disposição, persistência e outros fatores profissionais apostam no projeto, na articulação com as escolas e com os idosos. A secretaria de Saúde acredita nessa ferramenta”.

O encontro está sendo realizado no Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso (Paisi). Já estão capacitados quatro profissionais do Paisi, Programa Saúde Família (PSF) da Fronteira, Centro Atenção ao Psicossocial (Capsi) que atuam na Coordenação e Saúde Coletiva da Semusa.

Cada integrante escreveu um poema, a partir da leitura são feitos exercícios com imagens sem utilizar símbolos e cores, somente com som. O encontro tem o objetivo de capacitar o profissional a lidar melhor com diversas situações no cotidiano.

De acordo com a coordenadora do Teatro do Oprimido, pólo do Rio de Janeiro, Cláudia Simone, o objetivo é levar para dentro do trabalho alternativas para transformar a realidade das pessoas que dependem da rede pública, abrindo espaço para diálogos. O novo desafio são os multiplicadores formados, no ano passado, que terão o papel de dinamizadores, passando os conhecimentos para outros grupos que vão se tornar novos multiplicadores deste projeto.

“A estética está dentro do nosso dia-a-dia. Acreditamos que podemos pintar, cantar, dançar, fazer poesia, mostrando a visão do mundo. Este evento mostra o zoom da estética. Se o Teatro do Oprimido aborda revolta em suas cenas, a estética mostrará revolução”, completa Cláudia.

A assistente social do Paisi, Aracelli Gomes, comenta que recebe no programa, idosos com depressão e o teatro é um meio de levar alternativa para solucionar os problemas de cada um. “O nosso trabalho é absorver e solucionar os problemas dos pacientes. Cada um conta a sua história que tem vivenciado, transformamos em peças de teatro e levamos a solução em forma de diálogos. Os idosos estão gostando e, com isso, têm nos dado um retorno positivo, como a mudança de comportamento”, explica Aracelli.

Nas semanas dos dias 21 e 25 de setembro, é comemorada a Semana do Idoso. Profissionais do Paisi já estão com as atividades quase prontas para levar alegria aos idosos que inclui a peça de Teatro do Oprimido.