Com ingressos a apenas R$1, a Fundação Macaé de Cultura, levou ao Teatro Municipal, no Dia da Cultura (5), a atriz e poetisa, Elisa Lucinda, com a comédia “Parem de falar mal da rotina”. O espetáculo, que lotou a platéia, marcou pela interação com o público e pela proposta de provocar reflexão sobre tabus sociais como o racismo e a própria rotina, além de abordar a solidariedade, a educação e temas atuais. Interpretações marcantes de suas poesias intercalavam o “bate papo” que conquistou risos e aplausos do público.
Um dos temas que mais empolgou a platéia foi “Cabelo ruim?”, que de forma bem humorada apontou para o racismo que ainda permeia a sociedade brasileira. Tema propício para o mês em que se comemora no dia 20, o Dia da Consciência Negra. Essa comédia, sucesso de crítica e de público, foi, em 2004, destaque no Fórum Internacional de Culturas, em Barcelona, e representou o Brasil na XVI Feira do Livro de Cuba, em 2005.
A peça une histórias vividas e ouvidas por Elisa Lucinda, aos poemas de seus livros “O Semelhante” e “Euteamo e suas estréias”. Para ela, a rotina pode ser mudada, porque é produto da criação de cada um. Para a autora, “Parem de falar mal da rotina” faz um retorno à origem grega do teatro, na qual o espetáculo tem uma função social e leva a platéia à catarse, refletindo sobre sua realidade.
Ao final do espetáculo, a escritora autografou seus livros de poesia no palco. Elisa Lucinda publicou textos que se destacaram como “A menina transparente”, poema que marcou sua estréia na literatura infantil, que recebeu “Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ. Lançou os livros e CDs "O Semelhante" e a "Coleção Amigo Oculto" (trilogia infantil) e os livros "A Menina Transparente" e "Euteamo e suas estréias".