Toque no Altar leva 15 mil pessoas ao delírio

29/07/2008 14:34:29 - Jornalista: Cesar Dussac

São 23h30 de segunda-feira (28). O povo – seguramente mais de 15 mil pessoas – clama pela presença da banda. Enquanto isso no camarim, o grupo clama pela presença de Deus, e ora pela população, pelas autoridades. À capela (sem acompanhamento), adoram a Deus com cânticos espirituais. Profetizam o melhor para Macaé. Aos 15 minutos de terça-feira (29), dia do aniversário da cidade, os primeiros acordes do Toque no Altar.

Há uma explosão de fé no palco e na platéia, que canta, interpreta, dança, pula ao som de uma seqüência de rocks da pesada, que exaltam a “Jesus Cristo como o único Senhor e mediador entre os homens e o Pai”. Uma platéia que não se cala, durante 90 minutos, mesmo nas baladas mais lentas.

O grupo Toque no Altar surgiu em janeiro de 2002, quando o pastor Marcus Gregório implantou o Ministério Apascentar na Igreja Evangélica de Nova Iguaçu (RJ). A vendagem dos cinco Cds, gravados a partir de 2003, ultrapassou 2,5 milhões de cópias, o que explica o acompanhamento da platéia, que cantou todas as músicas com o mesmo entusiasmo do começo, e se comunicou todo o tempo com o ministro de louvor e adoração, Adriano Brito, vocalista e compositor do grupo. ´

- Trabalhei em Macaé, numa perfuradora, durante dois anos, quando aprendi a amar a cidade. Saí e volto hoje para cantar e encontro uma cidade pujante. Mais bonita. Tenho acompanhado o progresso da cidade. Estou feliz ao voltar e cantar aqui pela primeira vez, para um povo muito fervoroso, razão do sucesso desta cidade, disse. Adriano enumerou os componentes da banda: contra-baixo (Felipe), trompetista (Adenil), baterista (Robson), tecladista (Wellington), Guitarrista (Johny), violonista (Paulo), e os back-vocals Aline e Daniel, também ministro de louvor.

O movimento apascentar começa com o rock pauleira “Estenda as mãos e Toque no Altar”; no reggae “Restitui, Senhor”, o povo clama: “Eu quero de volta o que é meu” – e pede a restituição do que “era festa e agora é luto do que já morreu”; a balada “Deus de Aliança” exalta ao Deus que cumpre suas promessas, porque “não é homem pra mentir”; em “Olha pra mim”, o povo suplica que ”Deus volte seu olhar em sua direção” e atenda a seus rogos, a suas necessidades; no pop rock “Prosperidade”, o povo afirma pela fé, enquanto dança: “Prosperarei em todos os lugares e situações, por todo lado, à direita, à esquerda, para frente e para trás”. O grupo se despede com oração pelo povo de Macaé. Muitos jovens encerraram a noite na Boate Gospel, com muito rock e funk.

Na abertura, a Companhia de Artes Intensa Luz (15 integrantes), da Igreja Batista Getsemani, apresentou duas coreografias: Getsemani - dança contemporânea que retrata o amor de Deus pela humanidade, através da crucificação de Jesus Cristo, e a coreografia moderna em hip-hop, free style, que retrata o dia-a-dia do cidadão brasileiro, com sua alegria e bom humor, apesar dos problemas da vida. Segundo a diretora geral da companhia, Juliana Salles, a coreografia Getsemani ficou em segundo lugar no 18º Festival Nacional de Dança, no Teatro Municipal de Macaé, e a coreografia Liberdade ganhou o 3º lugar no mesmo festival. O site da Companhia é www.ciaintensaluz.com.

Diversos cantores evangélicos de Macaé e região fizeram a abertura da noite gospel. A cantora Edna, macaense radicada em São Paulo há 10 anos, apresentou músicas de seu CD. A banda macaense “T Salt Band” aqueceu o público com “Teu amor me libertou” e outras canções conhecidas dos evangélicos de Macaé.

O secretário Executivo de Turismo, Marco Maia, falou de sua alegria pelo sucesso da abertura da exposição. “Agradeço a Deus por me permitir estar nesta festa espiritual, num ambiente familiar, de muita alegria, sem violência. Abrir os festejos dos 195 anos de Macaé com um show gospel, com orações, é uma garantia de paz e tranqüilidade por todos os dias de festa”, afirmou Maia.