Trabalho macaense vai ser mostrado na USP

29/01/2009 11:45:31 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Informar sobre Tungíase (bicho do pé), doença que é comum em regiões da periferia com pouco saneamento básico e presença de suínos, é o objetivo dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio, do Colégio Estadual Luiz Reid, Vinicius Barreto Lima e Arthur Gil Barroso Rosa. Por intermédio do trabalho Tungíase: Informação é o melhor remédio, os dois estudantes irão à Universidade de São Paulo (USP), na cidade de São Paulo, participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), no próximo mês de março.

O trabalho é apresentado com slides, banners, utilização de microscópio e distribuição de panfletos, e foi foi apresentado pela primeira vez durante a Feira Macaense de Ciência, Tecnologia e Inovação – uma atividade da prefeitura de Macaé -, ocorrida em setembro do ano passado no Macaé Centro, quando eles ficaram em primeiro lugar, competindo com mais de cem trabalhos de instituições de ensino do município de Macaé.

- Poderíamos trabalhar com assuntos referentes à tecnologia, mas preferimos esse sobre ciências biológicas, que trata da área de parasitologia. Pesquisamos várias doenças, como Aids e dengue, que são mais conhecidas, e verificamos que a tungíase não é muito conhecida pela população, conta Arthur.

Já Vinícius afirma que as pessoas precisam saber que tungíase não é uma doença que se resolve de uma hora para outra, mas é evitada com higiene, com o fato de se evitar lugares com pouca luz e contato com suínos. “O bicho de pé é uma pulga entre as mais de 2500 espécies de pulga catalogadas. Muita gente pensa que cachorro passa a doença mas não é verdade”, explica.

Durante a apresentação do trabalho, o público pode conferir no microscópio a diferenciação das espécies de pulga doméstica e de Tunga Penetrans, a causadora do bicho do pé.

Eles fizeram pesquisa em diversas instituições de ensino, coletando informações e dados com cerca de 350 alunos com idades acima de 14 anos. Questionaram o que é a doença, se as pessoas já a haviam contraído, como ficaram curadas. Descobriram que a maioria dos que já tiveram a tungíase são moradores do bairro Lagomar e que nas instituições de ensino não havia conhecimento satisfatório da doença.

Segundo Arthur, independente da participação na Febrace entre os dias 17 e 21 de março, a principal função do trabalho é colaborar para disseminar informações sobre a Tungíase, evitando a proliferação da doença por falta de conhecimento.