Busca de alternativas e de novas oportunidades econômicas para o pequeno produtor rural, inclusive para empresários da indústria do petróleo, são algumas das possibilidades a serem tratadas no V Fórum de Ciência e Tecnologia. O evento acontece nesta quarta-feira (04), às 18h30, no Auditório do Sesi/Macaé. Segundo o presidente do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT), Guilherme Jordan, a produção de álcool pode gerar novos negócios para a sociedade, além de diminuir a dependência do petróleo.
O IMMT está organizando o evento, que oferecerá opções de mudança, não impondo idéias. “Tudo tem o objetivo de que a região Norte Fluminense retome a vocação para produzir etanol, combustível menos poluente e com preços mais acessíveis”, diz Jordan. Ele acrescenta que a prefeitura tem o interesse de envolver a comunidade nessa discussão, evitando que as pessoas fiquem de fora do processo.
Também participarão do fórum, representantes das secretarias de Trabalho e Renda, Assistência Social, da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape), além da Embrapa e Pesagro. O acontecimento é uma ação do governo municipal.
- Com a tecnologia para explorar petróleo, podemos impulsionar novos negócios na região Norte Fluminense, por meio da ciência e tecnologia – frisa Jordan, acrescentando que os Estados Unidos produzem 18,5 bilhões de litros de etanol provenientes do milho por ano, enquanto o Brasil produz 17,8 bilhões de litros de álcool oriundos da cana de açúcar. “Vale lembrar que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, veio ao Brasil apenas para tratar sobre esse assunto, que tem importância internacional”, ressalta.
O tema do fórum será “Alternativas Energéticas Sustentáveis”, que abordará produção de álcool através de micro destilarias. O palestrante será o geólogo Marcelo Guimarães, ex-presidente da Acesita Energética (MG) e ex-superintendente da Companhia Vale do Rio Doce. Ele desenvolveu solução integrada para pequenos proprietários rurais, onde os dejetos de uma atividade servem de insumos para outras. Isso se dá no interior de Minas Gerais.
Segundo a diretora do Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia, Júlia Paletta, para isso o produtor deve ter três hectares de cana, três hectares de eucalipto, 50 bezerros ou vacas para produção de leite. “Durante o fórum ele vai detalhar esse processo, explicando os mecanismos para o auto-desenvolvimento”, diz a diretora.
Em seguida à fala do geólogo, o projeto piloto de biodíesel em Macaé será mostrado ao público pelo ambientalista Henrique Emery. Além disso, ele abordará a atuação do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no setor de desenvolvimento tecnológico (óleo e gás).
O quinto fórum é aberto a todos os interessados. Vão compor a mesa o prefeito Riverton Mussi, o presidente do IMMT e representantes do governo municipal e da Petrobras. Instituições e universidades ligadas à aplicabilidade de pesquisa na área energética também participarão do evento.