O III Encontro de Seresteiros em Macaé, “Macaé Canta...Seresta!” já conta com mais de 40 inscritos de vários municípios do estado para cantar músicas populares brasileiras gravadas por grandes intérpretes nas décadas de 30 a 50. Essa festa boêmia, com a participação do regional “Lua Cheia” de Conceição de Macabu, acontecerá às 20h, de sábado (27) na sede social do Fluminense, no centro, com entrada franca.
O projeto de resgate cultural desse estilo da música popular que marcou décadas é um dos 15 selecionados para apoio cultural pela Fundação Macaé de Cultura pelo edital de seleção pública, Ação Macaé Cultural. O romantismo, as vozes marcantes e o som do violão são traços da seresta, que influencia gerações de compositores e intérpretes até hoje.
Serenatas, melodias cheias de emoção e letras que falam de amor serão revividas neste encontro. Mais de 25 inscritos são de outros municípios, como Rio Bonito, Rio de Janeiro, Niterói e Friburgo. “Temos carinho com os que vêm de fora, porque além de gerarem divisas, levam o nome da cidade. Mas fazemos questão da participação dos intérpretes locais”, disse Francisco Carlos Amaral, que com sua esposa Nádia, idealizou o projeto.
- Foi muito boa essa parceria com a fundação. Acredito que será uma grande noite, disse o cantor Francisco Carlos que desde 2006 realiza o Encontro de Seresteiros no Município. Ele explica que os intérpretes somente poderão participar com canções “genuinamente de seresta”. Serão bem-vindas músicas gravadas por Silvio Caldas, Orestes Barbosa, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos Alberto, Francisco Alves, Altemar Dutra, entre outros do gênero. “Aceitaremos composições de Cartola”, observou ele ao lembrar do sambista. Também não serão permitidas canções inéditas.
Para quem não está familiarizado com o estilo, Francisco Carlos oferece auxílio para escolha da música e indica também uma pesquisa. Todos os que se inscreveram serão necessariamente acompanhados pelo grupo “Lua Cheia”. A sede social do Fluminense Futebol Clube fica na praça Veríssimo de Melo, nº 200, no Centro.