Vovó Doce faz 100 anos e comemora com 100 familiares

20/04/2008 13:54:35 - Jornalista: Cesar Dussac

Mais de 300 convidados – entre eles 100 familiares – comemoraram na noite deste sábado (19), no Colégio Estadual Visconde de Araújo, o aniversário de vovó Doce. Mensagem de exaltação e agradecimento a Deus, leitura de alguns registros de sua biografia, música ao vivo, projeção de vídeo com imagens da família, presença do site Azul Limão (centenas de fotos) e um moderno serviço de buffet compuseram a festa de Maria Dorcelina Gonzaga.

Vovó Doce entrou no salão, conduzida pelo neto Luismar, e desfilou sobre um tapete vermelho – coisa de celebridade - ao som de “Como é grande o meu amor por você”, de Roberto Carlos, cantada por todos. Em seguida, a neta Nailda Silva Machado – organizadora da festa – leu alguns fatos marcantes da biografia da aniversariante.

- Em 18 de abril de 1908, em Areia Branca, região serrana de Macaé, nasceu Maria Dorcelina. Em 28 de abril de 1929, casou-se com Manoel Marciano. Tiveram 10 filhos (oito meninas e dois meninos), e adotaram mais duas meninas. Os 12 filhos lhes deram 47 netos. Deles, nasceram 60 bisnetos, que geraram, até agora, 12 trinetos. A família tem atualmente 128 membros (três já faleceram). Nessas ocasiões, vovó Doce, evangélica há mais de 40 anos, um exemplo de cristã, sempre consolou a todos com a palavra de DEUS.

E Nailda continuou.”Há 52 anos, vovó mora na Aroeira, onde é muito conhecida e querida. Vive com a filha Nilda que, apesar de ser cadeirante e não enxergar, cuida bem dela; ou melhor: uma cuida da outra. Tem também o neto Lula - que entrou aqui com ela – e a chama de mãe. Ele está sempre à disposição das duas. “Agora, vovó, você tem uma família maior: são os membros do corpo de Cristo, especialmente os irmãos da sua Igreja na Aroeira, dirigida pelo Pastor Marcelo”, concluiu.

O pastor Ruiter Muniz, da Igreja Batista em Cavaleiros, citou várias passagens da Bíblia – Sl 115, v 1-3; Apocalipse 4. 11; 2 Cor; Provérbios 16; Salmo 91 – que enfatizam a vontade soberana de Deus sobre todo o meio ambiente, nos reinos: animal, vegetal, mineral, rios e mares, com ênfase na obra máxima de sua criação – o ser humano. “Por que a vovó Doce chegou aos 100 anos? É porque esta foi a vontade de Deus. Ele é soberano”, concluiu o pregador.

Vovó Doce contou que também tem feito sua parte para que Deus lhe dê longevidade “Não gosto muito de comida, quer dizer, como pouco, me alimento basicamente de legumes, verduras e frutas; não como nada pesado, evito gorduras e frituras, e não dispenso doce”, ensinou. Ela também falou sobre música. “Prefiro a música evangélica, e gosto muito do cantor e compositor J. Neto, muito inspirado por Deus. Da música secular, gosto do cantor Sérgio Reis, que tem músicas sertanejas, como “Panela velha é que faz comida boa”, que contam histórias que me fazem lembrar minha origem na roça, em Areia Branca”, contou Dorcelina.

A aniversariante contou que viveu um momento muito interessante, quando ficou grávida do filho caçula – Valdir – e sua primeira filha, Hilda, estava grávida ao mesmo tempo, do filho Gilberto. “Foi muito bom, porque pude orientar minha filha durante a gravidez, e depois do parto, que foi normal, quando a alimentação era só galinha cozida na água sem sal nem tempero, durante o resguardo de oito dias, para o organismo se recompor”, relembrou.

Vovó Doce agradeceu a todos pela homenagem e a Deus pela oportunidade de viver tantos anos. “De cada fase que passei, primeiro com a vinda dos filhos, depois os netos, os bisnetos, a emoção é muito maior com os trinetos, porque é uma graça de Deus muito grande poder colocá-los nos meus braços. São bênçãos sem medida, que recebi de Deus, sem merecer”, observou a vovó centenária.