“Macaé em Cordel” vai ao Visconde de Araújo

09/07/2008 15:15:29 - Jornalista: Andréa Lisbôa

O projeto Macaé em Cordel do grupo Brincantadores DiVersos estará, na quinta-feira (10), às 9h, no Colégio Estadual Visconde de Araújo. Na sexta-feira, as apresentações de folclore, música, poesia popular e teatro de bonecos acontecerão às 16h. O Macaé em Cordel é um dos contemplados pelo edital público de seleção, Ação Macaé Cultura, da Fundação Macaé de Cultura.

Os artistas do Brincantadores DiVersos percorrem bairros da cidade e região serrana de Macaé, se apresentando em praças e escolas. O objetivo é valorizar a cultura popular e fazer um resgate histórico-cultural do município.

O texto do livro “Macaé em Cordel” é o roteiro da apresentação teatral. O espetáculo trata de histórias interessantes como a lenda de Mota Coqueiro, a origem do nome da cidade, do forte Marechal Hermes, entre outras. O projeto distribuirá 10 mil exemplares do livro, lançado em 2004, durantes as apresentações que acontecerão até 29 de julho.

No sábado (12), o grupo estará na praça Veríssimo de Mello, a partir das 10h, atuando no projeto Literarte, também da Prefeitura de Macaé. O coordenador do grupo e autor do livro, Aldo César Frota, informou que alunos da Escola Municipal Amil Tanus, do Morro de Santana, apresentarão seus versos de cordel sobre a lenda mais popular da cidade, a “Lenda de Santana” durante esse evento.

O grupo Brincadores DiVersos é integrado por músicos e artistas da região, com formação circense. “Estamos atraindo um bom público. Especialmente as crianças se interessam muito”, disse. O gênero do espetáculo é teatro de rua de cunho medieval, narrado em verso, com um cortejo inicial de músicos, palhaços, mágicos e malabaristas.

Lenda de Santana

Do alto do Morro, a imagem de Santana da igreja fundada em 1898 foi inspiração para uma lenda que se tornou conhecida na cidade. Segundo a crença popular, essa imagem de Santana foi encontrada por pescadores numa das Ilhas do Arquipélago, que foi batizada em sua homenagem, e levada para o altar mor da Capela dos Jesuítas, atual Igreja de Santana.

A imagem teria desaparecendo no dia seguinte, vindo a ser encontrada, alguns dias depois, na ilha. Ela tornou a ser levada à capela, mas o fato se repetiu por mais duas vezes.

Após a terceira fuga, os devotos teriam concluído que a Santa sentia saudades da ilha, que podia ser avistada do altar. Por isso, os padres teriam reedificados o templo, voltando sua fachada frontal para o ocidente. Não podendo mais ver a ilha, Santana não sentiria mais vontade de voltar para lá.