“Mamãe não pode saber” com “Os Surtados” neste domingo

31/10/2008 17:37:29 - Jornalista: Andréa Lisbôa

O Teatro Municipal de Macaé apresenta neste domingo (2), às 20h30, mais um sucesso de “Os Surtados”, “Mamãe não pode saber”, com Thaís Lopes, Rodrigo Fagundes, Wendell Bendelack e Flávia Guedes, além de Leonardo Miranda como ator convidado. Depois de “Surto”, o grupo traz a Macaé seu mais recente trabalho, com texto e direção de João Falcão.

No espetáculo, cinco atores se desdobram em doze personagens, que incrivelmente se encontram em um momento da peça. “Mamãe não pode saber” é uma divertida crítica à busca desenfreada pela beleza, às artimanhas políticas, aos modismos dos adolescentes e ao jogo de interesses.

A comédia trata de uma família decadente que contou muitas mentiras para a matriarca com intenção de impressioná-la. Quando “Mamãe” resolve visitar a família no Rio de Janeiro, todos se desesperam, porque a farsa pode ser descoberta e termina-se a chance de quitação das dívidas com a ajuda da matriarca. Até que, para alívio da família, “Mamãe” é seqüestrada ao chegar na cidade. Contudo, para desespero geral, surge o detetive Gomes determinado a desvendar esse crime.

A matriarca é mãe de Glória, uma perua que ganha a vida com um serviço de auto-ajuda por telefone. Glória é casada com Arthur, político desonesto. Ele tenta a qualquer custo deslanchar sua candidatura a deputado, auxiliado pelo não menos corrupto assessor, Moreira. A filha desse casal, Priscila, aspirante a modelo, pode ser chance da família sair da pindaíba. Mas a adolescente tem uma amiga invejosa, Júlia, que faz de tudo para engordá-la. O filho, Juninho, segue uma “tribo” a cada semana. Flora, a empregada romântica, sonha ser atriz e é apaixonada pelo motorista Wellington.

“Mamãe não pode saber” foi escrita em 1993, encenada no mesmo ano no Recife e montada em 2002, no Rio. O Jogo com as palavras, a velocidade das cenas, o uso de flashbacks e as críticas à banalização do cotidiano são as principais características do autor, que se utiliza do “besteirol”, do teatro do absurdo e até do melodrama.

João Falcão começou sua carreira teatral em 1980 e tornou-se um dos diretores e dramaturgos mais importantes e premiados dos últimos anos. Escreve, dirige e compõe canções para teatro, televisão e cinema. Para a TV Globo, adaptou e dirigiu os especiais “O Coronel e o Lobisomem”, “O Homem que Sabia Javanês”. Criou e dirigiu os programas “Homem Objeto”, “Sexo Frágil”, “Programa Novo”, a série “7 pecados” exibida no programa Fantástico e escreveu episódios para a série “Os Normais”. Sua parceria com Guel Arraes na TV Globo produziu as séries “A Comédia da Vida Privada” e “Auto da Compadecida”.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, na av. Rui Barbosa, 780, Centro Macaé de Cultura, por R$ 30. Estudantes, pessoas menores de 21 anos, maiores de 60 ou portadoras de necessidade especiais pagam meia. A bilheteria funciona até sexta-feira, das 9h às 20h, e no sábado, até o início do espetáculo. Os ingressos também podem ser comprados pelo site www.ingresso.com.br, ou pelo telefone (22) 4003-2330. A classificação da peça é 12 anos e a duração 80 minutos. Consulte a programação da Fundação Macaé de Cultura no site www.culturamacae.com.br. O telefone para informações é 2772-4831.