Foto: Moisés Bruno
Combate à dengue é feito de casa em casa e precisa da colaboração da população
Os meses mais quentes e úmidos, época mais favorável à proliferação do mosquito transmissor da dengue, se aproximam. Por isso os cuidados devem se intensificar desde já. Nessa terça-feira (14), continua, em todo o município, a quinta etapa deste ano no Levantamento do Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), que se estenderá até sexta-feira (18). As equipes do Centro de Controle de Zoonoses precisam do apoio da população para que essa verificação dos focos de larvas do vetor seja precisa. Este índice é usado para nortear medidas de prevenção da doença nos próximos meses, quando os números de casos costumam aumentar.
Além de verificar os locais que têm potencial para criadouro de larvas, os agentes de controle de endemias informam à população sobre os procedimentos necessários para se evitar os focos e conscientizam os moradores sobre a necessidade da colaboração de todos para se evitar a proliferação da dengue.
De acordo com a análise dos dados dos LIRAas anteriores, os criadouros são encontrados em locais de fácil acesso e poderiam ser evitados com o cuidado da população. Caixas d’água destampadas, pratos de vasos de plantas com água parada e tambores que acumulam água das chuvas ainda são grandes problemas para a população. Outro relevante é o elevado número de imóveis fechados.
Tanto o levantamento quanto o ciclo de trabalho das equipes acontecem de segunda a sexta-feira, entre 8 e 17 horas, inclusive em horários alternativos, como 12 e 13 horas. Por isso, os proprietários ou moradores de imóveis que se encontram fechados devem marcar horário de vista dos agentes por meio de ligação gratuita, mesmo de celulares, pelo número 0800-0226461, ou no CCZ, no Centro. Os agentes deixam nas caixas de correio dos endereços onde os moradores não são encontrados por mais de uma vez uma notificação com essa orientação.
Para o supervisor de Campo de Endemias, Marcelino da Rocha, os agentes têm sido insistentes quanto à conscientização da necessidade da participação de toda a população para se evitar a dengue. Com essa, entre outras estratégias, a mudança de hábitos dos moradores é observada em muitas residências.
Na casa do pai de Carlos Henrique Furtado, no Centro, isso foi verificado: vasilhames emborcados para se evitar o acúmulo de água, assim como os pratos de vasos de plantas. Nenhuma embalagem foi encontrada pelo quintal. “Já tive dengue duas vezes. É sempre melhor prevenir e ainda redobrar o cuidado nos próximos meses, mais quentes. Mas todos precisam fazer a sua parte”, diz.
Na semana anterior, as equipes fizeram um mutirão de vistas em horários alternativos com objetivo de baixar o Índice de Pendências, ou seja, de imóveis fechados e por isso não vistoriados. O LIRAa acontece em todos os bairros de Macaé e experimentalmente também na região serrana do município. Cerca de cem agentes realizam este trabalho, que será feito em aproximadamente quatro mil imóveis.
Em cada bairro é sorteado um quarteirão que será verificado pelos agentes. De acordo com essa metodologia, um quinto dos imóveis deverá ser checado por região. Os últimos levantamentos apontaram para uma maior incidência de focos de larvas do Aedes aegypti nos bairros Cajueiros, Miramar, Lagomar e Centro. Os números se apresentam estáveis comparados com os do ano anterior. Entretanto, esse inverno foi atípico, com mais chuvas e sem temperaturas muito baixas.
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