Foto: João Barreto
Recolhimento de bens inservíveis, orientação e distribuição de panfletos estiveram entre as ações
A base fixa da campanha "Macaé contra o Aedes", montada pela prefeitura na praça Washington Luiz, encerrou suas atividades, nesta terça-feira (28), após três meses de trabalho conjunto com diversos órgãos da administração. Durante o período, 73.928 imóveis foram vistoriados pelos 150 agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Deste total, 1.110 estavam com foco do vetor transmissor da dengue, chicungunha, zika vírus e febre amarela.
O trabalho contemplou ainda o recolhimento de bens inservíveis que poderiam servir como criadouros do mosquito dentro das residências, distribuição de panfletos, orientação e preenchimento de boletins com a situação dos imóveis vistoriados, e as ações de prevenção continuam.
- O município segue com o trabalho no combate ao Aedes. A população pode continuar tendo acesso por meio de vários canais que a prefeitura disponibiliza. A campanha foi fundamental para facilitar o acesso dos cidadãos às informações que vão além do controle ao vetor. A estrutura foi um ponto de encontro para resolvermos várias demandas. Conseguimos mobilizar a população nas ações para eliminar focos do mosquito nos bairros -, explica o coordenador do CCZ, Flávio Paschoal.
De acordo com os dados do CCZ, foram registrados: 107 depósitos de água cobertos por telas; 72 imóveis recuperados; 81 palestras ministradas; 67 reclamações atendidas; 986 demandas captadas; 929 demandas concluídas; 265 demandas com foco; 56 demandas pendentes.
Na força-tarefa contra o Aedes, os agentes de endemias percorreram bairros como Centro, Granja dos Cavaleiros, Jardim Franco, Miramar, Nova Malvinas, Parque Aeroporto, Visconde de Araújo, Vivendas da Lagoa e outros, além de órgãos municipais e escolas da rede. As ações contaram, também, com serviços de eliminação de criadouros, tratamento de larvicidas e atendimento às reclamações.
- Conseguimos atingir nosso objetivo, quando tivemos nesse ano apenas 33 casos notificados de dengue. Lembrando que estas ações necessitam de seguimento contínuo, visando sempre alcançar a promoção da saúde de nossos munícipes - afirma a coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin.
Decreto - O decreto nº 002/2017, publicado em janeiro, apresentou procedimentos de prevenção e controle da dengue no município e ressaltou a necessidade e obrigação do Poder Público Municipal de tomar ações preventivas e de combate à proliferação do mosquito.
Educação mobilizada
Até o fim do ano letivo, a rede municipal de ensino seguirá com a realização de trabalhos pedagógicos com foco para o combate ao mosquito transmissor da dengue, chicungunha, zika vírus e febre amarela. Desde a volta às aulas, as 106 escolas da área central, bairros e região serrana estão mobilizadas em atividades que visam apresentar informações sobre os danos que o mosquito pode causar. Além da limpeza das unidades e colocação de larvicida, os estudantes participam de atividades diversas como caminhadas de conscientização com entrega de material informativo e coleta de materiais nas ruas próximas às unidades.
Para reforçar o combate à proliferação, a Secretaria de Educação promove de acordo com um cronograma específico, a retirada de bens inservíveis das escolas. O trabalho conta com recolhimento de materiais como mesas, cadeiras, carteiras e armários, que serão levados para o Depósito Público Municipal.
Alerta destaca intensificação da vigilância
Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde, concluíram o Levantamento Rápido de Índice contra o Aedes aegypti (LIRAa), realizado este mês. O índice foi de 1,1% em todo o município e os maiores focos de larvas do mosquito, responsável pela transmissão da dengue, chicungunha, zika vírus, febre amarela, entre outras doenças, foram registrados nos bairros Sol y Mar, Nova Esperança e Cajueiros.
No levantamento anterior, realizado em janeiro, Macaé apresentava índice de 0,9%, considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Com o novo número, a cidade entra em situação de alerta, classificação dada aos índices acima de 1%.
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