Amac e Semed unidas pela Educação Inclusiva

23/02/2011 10:48:49 - Jornalista: Douglas Fernandes

A Secretaria de Educação (Semed) e Associação Macaense de Apoio aos Cegos (Amac) trabalharão no Programa de Educação Inclusiva na rede municipal de ensino, dentro das determinações do Ministério da Educação. A partir deste ano, a entidade oferece atendimento educacional especializado, recebendo os alunos assistidos no ensino regular em turnos alternados de atividades (conhecido como contraturno).

Em reunião, na sexta-feira (18), na Semed, Marcos Passos, presidente da Amac, disse estar satisfeito com a parceria. O encontro contou com a presença do secretário de Educação, Guto Garcia, professores, equipe técnica e subsecretários.

Ele ressaltou na reunião ser a favor da Educação Inclusiva “Sou a favor da inclusão de nossos alunos. O que sempre buscamos foi o acompanhamento desse processo e acredito que conseguimos atingir essa meta”, disse o presidente da Amac. Segundo Guto Garcia, a Amac ficará responsável por todo o processo de atividades do Atendimento Educacional Especializado oferecido no contraturno, de acordo com o Ministério da Educação. Por meio dessa iniciativa a associação receberá o apoio da secretaria para a realização dessas ações.

- Estamos fortalecendo a nossa rede municipal de ensino por meio de ações integradas com setores de grande valor social em Macaé como a Amac, sem deixar de atender nossos compromissos constitucionais e determinantes em nosso Plano Nacional de Educação, ressaltou Guto Garcia.

Esta é a segunda escola a seguir as determinações do MEC pela Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva. No ano passado, o Colégio Municipal Lions, no Bairro da Glória, se tornou primeira escola bilíngue da rede, recebendo alunos com deficiência auditiva. O resultado positivo desse projeto piloto surpreendeu pais, professores e educadores. “Ficamos satisfeitos com a imediata integração dos alunos e a inclusão que esse processo ofereceu à comunidade escolar”, declarou a diretora do Colégio Lions, Rosana Tinoco.

Nos últimos anos a Secretaria de Educação ampliou a oferta de ensino aos alunos especiais. Em 2009, foi realizado pela 1ª vez concurso público para professor de Libras, Braille, intérprete e professor especializado para atender nas salas multifuncionais, suprindo as necessidades de acesso ao conhecimento, disponibilizando o ensino de linguagens e de códigos específicos de comunicação e sinalização.

A subsecretária de Ensino Fundamental, Gelda Tavares, informou que os alunos não assistidos no Programa de Educação Inclusiva estão organizados em outras escolas, em turmas de acordo com a idade e nível de escolaridade. E declarou: “as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos que as demais pessoas e exigiu que a educação especial fosse revista em sua concepção e prática na rede. A metodologia e as necessidades educativas podem ser diferentes, mas a exclusão não pode permanecer pelas dificuldades do setor público de se organizar para o atendimento de alunos com deficiência”, disse.

A Escola Municipal Lions, de horário integral, foi primeira em adotar a proposta na rede. Para isso, foi elaborado como nas demais um adequado processo logístico e pedagógico para atender os alunos interessados em fazer parte da ação da secretaria. Todas as ações foram realizadas antecipadamente, sempre adotando as determinações do MEC. Para Guto, a proposta levada para a escola tem como objetivo construir uma unidade de ensino bilíngüe, onde a educação possa ser levada em condições iguais e sem restrições, procurando oferecer acima de tudo um novo modelo de educação para Macaé.