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Associação de usuários de Saúde Mental comemora avanços em sete anos

25/01/2013 19:00:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Juranir Badaró

A Associação de Parentes, Amigos e Usuários de Saúde Mental de Macaé (ASPAS-Macaé) comemorou, nesta sexta-feira (25), seu sétimo aniversário com um café da manhã no Centro de Atenção Psicossocial Betinho (CAPS-Betinho), no Centro. Os portadores de transtornos mentais, seus familiares e colaboradores destacaram durante a confraternização a militância do grupo e os avanços, como a realização de uma audiência pública e a garantia do passe social.

A audiência pública realizada no final do ano de 2011 e a inclusão na Lei Municipal do Passe Social dos usuários de saúde mental (3.930/2012), que garante gratuidade no Sistema Integrado de Transporte (SIT), foram as conquistas ressaltadas durante os discursos que antecederam o café da manhã com bolo de aniversário e o “Parabéns pra Você”.



Além dos colaboradores da ASPAS e de gestores e técnicos do CAPS, usaram a palavra representantes do Espaço de Convivência e Cultura, um dispositivo do Programa de Saúde Mental, do CAPSI, voltado para o atendimento de crianças e adolescentes, da gerência do Programa de Saúde Mental e da Câmara de Vereadores.



Também foram mencionadas durante a abertura do evento a participação da ASPAS na Conferência Nacional de Saúde Mental e a criação do Dia Municipal da Luta Antimanicomial, 18 de maio, Lei 116/2011, data em que a associação propõe ações para a sensibilização da sociedade para as causas das pessoas portadoras de sofrimento mental.



A ASPAS realiza reuniões semanais e possui representantes nas reuniões do Programa de Saúde Mental e do Conselho Municipal de Saúde. Nos encontros da associação, fora os socioculturais, são discutidas as propostas e metas dos participantes. A associação, que é independente, está sediada no CAPS-Betinho, rua Visconde de Quissamã, 482, Centro.



A proposta do CAPS, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), é atender a Lei Federal 10.216/2003, conhecida por Lei Paulo Delgado, ou Antimanicomial. Para isso, conta com uma equipe de dois psiquiatras, três assistentes sociais, três psicólogos e dois terapeutas ocupacionais e um musicoterapeuta. Esses profissionais oferecem, em parceria com a ASPAS, oficinas literárias, de jardinagem, de dança, de música, de artes, de jornalismo, de cidadania, Teatro do Oprimido e atividades junto à comunidade. O público alvo são portadores de transtornos mentais graves, que têm liberdade de estar ou sair desse espaço. A equipe também dá suporte às famílias.