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Baleia morta aparece na praia do Lagomar

28/09/2011 14:56:03 - Jornalista: Tathiana Campolina

Foto: Divulgação

O veterinário constatou que a baleia estava prenhe de um filhote, que deveria nascer dentro de dois meses

Uma baleia da espécie Cachalote-anão (Kogia sima) morta, de 2,37 metros de comprimento e cerca de 400 quilos, foi encontrada na manhã desta quarta-feira (28), na praia do Lagomar. Os moradores viram o animal e ligaram para a Secretaria de Ambiente. Ontem (27), duas tartarugas marinhas mortas também apareceram na mesma praia e a Secretaria de Ambiente foi acionada.

Ao chegar ao local, o coordenador de Fauna da Secretaria de Ambiente, veterinário Gleidson Madalena, acionou o Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (Gemm-Lagos), ligado à Fiocruz, para uma melhor análise do animal. O veterinário constatou que a baleia estava prenhe de um filhote, que deveria nascer , aproximadamente, dentro de dois meses.“Eles fazem uma perícia mais detalhada e têm profundo conhecimento de animais marinhos, e esta parceria é extremante importante, pois a prefeitura não possui laboratórios para análise histológica do animal”, ressaltou.


O biólogo Davi Tavares fez uma análise do animal. “Este animal morreu há aproximadamente três dias e é uma fêmea adulta. Nós vamos levá-lo para uma análise, pois não é comum encontrar esta espécie encalhada. Vamos estudar para ver o que pode ter acontecido, já que neste momento não é possível detectar a causa da sua morte”, explicou.



O coordenador de fauna da Secretaria de Ambiente, Gleidson Madalena, informou que este animal é típico de águas profundas, alto mar. “A Cachalote-anão é considerada a menor de todas as baleias e é um animal solitário, ou seja, não tem costume de andar em bandos; apenas no período de reprodução, procura se agrupar. Na região, seu habitat favorito é próximo às plataformas, onde encontra moluscos e crustáceos - lulas e caranguejos - em abundância, que são seus alimentos favoritos”, contou.




Davi disse que o Gemm-Lagos possui uma sede na Fundação Oswaldo Cruziocruz e outra na Praia Seca, em Araruama e é comandado pelo pesquisador Salvatori Siciliano, que estuda estes animais há dez anos. “Nosso objetivo é estudar a saúde do ecossistema e usamos os mamíferos mortos, principalmente os golfinhos e as sentinelas, que indicam a saúde ambiental”, explicou. Segundo ele, o Gemm-Lagos vai levar a baleia para estudo.


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