O Condomínio Cidadão, no Bosque Azul, no bairro da Ajuda, em Macaé, começou a receber na manhã desta quinta-feira (3), as primeiras das 307 famílias que ali irão morar. Desde cedo, 62 famílias começaram a chegar às novas residências. A mudança está sendo feita por caminhões da prefeitura, com o apoio da Guarda Municipal e do Forte Marechal Hermes.
Segundo o presidente da Empresa Municipal de Habitação, Saneamento e Águas (Emhusa), José Cabral, que acompanhou a chegada dos primeiros moradores, foi priorizada a mudança das 13 famílias que estavam alojadas na Pousada Brisa da Costa, no São José do Barreto, das 27 alojadas na Pousada do Novo Cavaleiros e de 22 que estavam na Casa do Caminho.
- Essas famílias estavam em situação mais precária e por isso foram priorizadas na mudança, mas até o dia 23 de agosto todas as famílias que receberam as residências do Bosque Azul já estarão assentadas no Condomínio, afirmou.
Cabral explicou que durante seis meses a Emhusa estará no Condomínio Cidadão, com equipe para acompanhar os moradores, prestando a eles a assistência necessária para a adaptação na nova moradia. “A filosofia do Condomínio Cidadão não é só assentar as famílias, mas acompanhar todo esse processo de mudança e adaptação no novo ambiente”, disse.
As mudanças para o Bosque Azul prosseguem durante todo esse mês. Nos próximos dias 15, 16 e 17 será a vez das 56 famílias da Colônia Leocádia mudarem para o Bosque Azul.
Sonho realizado, hora de comemorar
A alegria foi o primeiro sentimento das 62 famílias que começaram a mudar para o Condomínio Cidadão, no Bosque Azul. O casal Alexandre Alaim e Rosemere Souza Rosa Alaim não conseguia esconder a satisfação de ter uma casa para abrigá-los e aos seus seis filhos.
Os sorrisos mostravam a sensação de alegria por ter uma casa. Alexandre a Rosemere residiam na Riviera Fluminense, em área de invasão. Desde que foram retirados da área em que viviam, em junho de 2005, estavam vivendo na Pousada no Novo Cavaleiros, mas o espaço era pequeno para tanta gente.
“Estou muito feliz, pois vou poder dormir tranqüilo, sem temer que minha casa seja derrubada. Meus seis filhos têm, finalmente, um lar”, disse Alexandre.
Ao entrar em sua casa com os três meninos e três meninas, Rosemere não conseguia conter a felicidade.
- Estou realizada. O sonho dos meus filhos era ter uma casa para morar. Estávamos vivendo intranqüilos, cada tempo num lugar, sem ter um teto nosso, um lugar para chamar de lar. Uma casa é tudo. Nossa expectativa era muito grande. Essa casa é o que sempre sonhamos – disse a moradora da casa de dois quartos do Condomínio Cidadão.
Além da chave das casas, os moradores receberam almoço e uma cesta básica por família. Ao mudarem, recebiam a visita de funcionário da construção, para verificar se tudo estava correto e qual as pendências, para serem tomadas as providências necessárias.
Condomínio Cidadão conta com 307 residências que podem ser ampliadas
As casas do Condomínio Cidadão fazem parte do programa habitacional do município, que só este ano já destinou R$ 16 milhões em obras e projetos. O condomínio tem 307 casas que foram destinadas a famílias que vivem em área de risco e de preservação ambiental. O condomínio tem infra-estrutura completa, com muro e duas portarias, ruas asfaltadas, iluminação completa, estação de tratamento de esgoto própria, rede de água e de gás canalizado.
Como condomínio fechado, o Condomínio Cidadão tem regras pré-definidas, com controle de acesso de quem entra e sai. A prefeitura fica responsável pela segurança durante seis anos, como está definido no projeto para consolidação do processo de assentamento das famílias.
O Condomínio é formado por dois blocos e cada um terá uma área de lazer com quadra poliesportiva e espaço para entretenimento. São quatro ruas principais e 35 vias transversais. Conta com 200 residências de um quarto, cem de dois quartos e sete totalmente adaptadas para portadores de necessidades especiais, com portas especiais, barras de inox, banheiros e rampas.
Todas as casas têm um espaço para ampliação, que será acompanhada por arquitetos da Emhusa, mas custeada pelos moradores que desejarem ampliar suas casas, que foram construídas em sistema modular, com tijolos ecológicos. As casas não podem ser vendidas, cedidas e nem alugadas.