Foto: Kaná Manhães
Só no sábado (31), mais de oito mil pessoas visitaram o evento
A ideia de que eventos em Macaé só funcionam durante a semana, por concentrar maior número de pessoas que trabalham no ramo offshore e onshore, foi quebrada durante a realização da Feira Internacional de Artesanato (Interart/Macaé). Só no sábado (31), mais de oito mil pessoas visitaram o evento. O número surpreendeu até os organizadores que estimavam cerca de três mil pessoas/dia.
A Capital Nacional do Petróleo carrega a imagem de ser um polo industrial, com isso, o movimento em restaurantes, lojas e rede hoteleira, de segunda à sexta-feira é maior que aos finais de semana. A Interart está comprovando que quando a cidade oferece um atrativo a mais, a população prestigia.
A administradora de empresa Adriana Cestari argumenta que Macaé tem potencial para atrair turistas aos finais de semana. “A cidade já possui inúmeros atrativos naturais, como serra, mar e lagoas. Devemos divulgar esses pontos turísticos para o mundo. A realização de eventos como este é importante para os que moram e para quem visita a cidade”, disse encantada com as oportunidades encontradas na feira. “Estou encantada com os produtos. Estão lindos e com preços razoáveis. Espero que Macaé possa atrair mais eventos”, frisou.
Letícia Gomes Cordeiro, técnica de logística, como muitos outros, mora em Campos e trabalha em Macaé. Ela também não perdeu a oportunidade de conhecer cada canto do mundo, em poucas horas. “Está maravilhoso. É como uma volta ao mundo. Conheci um pouco sobre a Turquia, EUA, Índia, Indonésia, Paquistão, entre outros. Estou levando um pouco de cada região: roupas, artigos de decoração”, disse, ressaltando que o melhor investimento que ela fez foi a arte em busto de argila. “É uma escultura minha. Ficou idêntica. Foi meu melhor investimento”, disse.
O presidente do Macaé Convention Visitors Bureau (Macaé CVB), Marco Navega, salientou que realmente este paradigma deve ser quebrado. “Temos um Polo Gastronômico, o único do interior do estado, que além de oferecer pratos ricos, contribui com a cultura, levando à população artistas de diversos cantos do mundo. Somos a segunda maior rede hoteleira do Estado do Rio de Janeiro. Possuímos belezas naturais como serra, mar e rios. Somos sim, considerados a Capital Nacional do Petróleo. Contudo, fica fácil atrair grandes eventos e, consequentemente, turistas”, concluiu.