Foto: Arquivo Ana Chaffin
A festa de São João Batista reune famílias macaenses
Começa nesta quinta-feira (24) e vai até o domingo (27) a festa do padroeiro do município de Macaé, São João Batista. A paróquia homônima, localizada no centro (em frente à Praça Veríssimo de Mello) fará a tradicional comemoração nos aspectos religiosos e populares. Segundo o pároco José Luiz Bustamante Sá a arrecadação com os festejos será canalizada para ampliar as vagas da fazenda da Esperança, que trabalha na recuperação de dependentes químicos.
A Rua Prefeito Moreira Neto, ao lado da igreja de São João Batista, costuma ser totalmente ocupada durante a festa. Doze barracas com diversas guloseimas serão montadas na via, onde um palco para os shows e a missa campal também será disponibilizado. A Prefeitura de Macaé está dando apoio ao evento.
De acordo com o padre José Luiz, os pontos altos da festa de São João Batista são a veneração do santo padroeiro do município, além de promover o encontro amigável da família macaense, num convívio salutar, e da oportunidade de escutar boa música.
Uma característica dos shows é o apoio aos músicos macaenses. “Tirando os Cantores de Deus, que virão de fora, todos os demais são de Macaé”, conta o padre.
Programação
Quinta-feira, dia 24:
6:00 – Alvorada com abertura dos festejos de São João Batista
8:00 – Santa Missa
12:00 – Almoço
16:00 – Procissão em honra ao padroeiro
17:00 – Missa Campal
19:00 – Show com a Banda Maanaim
21:00 – Show com os Cantores de Deus
Sexta-feira, dia 25:
17:00 – Santa Missa
19:00 – Show com Afrânio e Sônia
21:00 – Show com a Banda Explosão Popular, seguida por leilão de gado
Sábado, dia 26:
17:00 – Santa Missa
18:00 – Apresentação da quadrilha dos jovens
19:00 – Show (Manga Rosa)
21:00 – Show com a Banda Mistura Fina
Domingo, dia 27:
8:00 – Santa Missa
12:00 – Almoço
17:00 – Santa Missa
19:00 – Show com a Banda Palafitas
21:00 – Sorteio do carro Ford Ka, TV de 32”, Forno Microonda, Bicicleta e DVD
São João Batista
A relevância do papel de São João Batista reside no fato de ter sido o "precursor" de Cristo, a voz que clamava no deserto e anunciava a chegada do Messias, insistindo para que os judeus se preparassem, pela penitência, para essa vinda.
Já no Antigo Testamento encontramos passagens que se referem a João Batista. Ele é anunciado por Malaquias e, principalmente, por Isaías. Os outros profetas são um prenúncio do Batista e é com ele que a missão profética atingiu sua plenitude. Ele é assim, um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
Segundo o Evangelho de Lucas, João, mais tarde chamado o Batista, nasceu numa cidade do reino de Judá, filho do sacerdote Zacarias e de Isabel, parenta próxima de Maria, mãe de Jesus. Lucas narra as circunstâncias sobrenaturais que precederam o nascimento do menino. Isabel, estéril e já idosa, viu sua vontade de ter filhos satisfeita, quando o anjo Gabriel anunciou a Zacarias que a esposa lhe daria um filho, que devia se chamar João. Depois disso, Maria foi visitar Isabel. "Ora quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: ´Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre ! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ?´" (Lc 1:41-43). Todas essas circunstâncias realçam o papel que se atribui a João Batista como precursor de Cristo.
Ao atingir a maturidade, o Batista se encaminhou para o deserto e, nesse ambiente, preparou-se, através da oração e da penitência - que significa mudança de atitude, para cumprir sua missão. Através de uma vida extremamente coerente, não cessava jamais de chamar os homens à conversão, advertindo: "Arrependei-vos e convertei-vos, pois o reino de Deus está próximo". João Batista passou a ser conhecido como profeta. Alertava o povo para a proximidade da vinda do Messias e praticava um ritual de purificação corporal por meio de imersão dos fiéis na água, para simbolizar uma mudança interior de vida.
A vaidade, o orgulho, ou até mesmo, a soberba, jamais estiveram presentes em São João Batista e podemos comprová-lo pelos relatos evangélicos. Por sua austeridade e fidelidade cristã, ele é confundido com o próprio Cristo, mas, imediatamente, retruca: "Eu não sou o Cristo" (Jo 3, 28) e " não sou digno de desatar a correia de sua sandália". (Jo 1,27). Quando seus discípulos hesitavam, sem saber a quem seguir, ele apontava em direção ao único caminho, demonstrando o Rumo Certo, ao exclamar: "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". (Jo 1,29).
João batizou Jesus, embora não quisesse fazê-lo, dizendo: "Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti e tu vens a mim?" (Mt 3:14). Mais tarde, João foi preso e degolado por Herodes Antipas, por denunciar a vida imoral do governante. Marcos relata, em seu evangelho (6:14-29), a execução: Salomé, filha de Herodíades, mulher de Herodes, pediu a este, por ordem da mãe, a cabeça do profeta, que lhe foi servida numa bandeja. O corpo de João foi, segundo Marcos, enterrado por seus discípulos.