Disseminar a filosofia de polícia comunitária, promovendo a integração das equipes que atuam em áreas pacificadas, aliada à aproximação com a comunidade. Esse é o objetivo do Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária que começou nesta segunda-feira (22), pela manhã e prossegue até sexta-feira (26), no Senai.
O Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) trouxe o curso para Macaé que é promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça (SENASP/MJ), em parceria com a Subsecretaria de Educação, Valorização Profissional e Prevenção Cursos, da Secretaria de Estado de Segurança.
O Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária é voltado para a formação de agentes de segurança e lideranças comunitárias. Em Macaé o curso conta com a participação de 40 pessoas.
- O curso veio antes das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), em 2006, que é uma estratégia da Polícia Militar específica para locais com alto índice letalidade. No estado do Rio, além de outros estados, o curso é desenvolvido em diversos municípios, com o objetivo de capacitação dos agentes de segurança e das lideranças comunitárias. Este curso vem através de um acordo de cooperação com o governo federal (SENASP) executado por meio da Coordenadoria de Polícia Comunitária, da Secretaria de Estado de Segurança. Os participantes adquirirem conhecimento de mecanismos para acessar serviços para essas comunidades – explica a coordenadora estadual de Polícia Comunitária e superintendente de Prevenção da Subsecretaria de Educação, Valorização Profissional e Prevenção, Leriana Figueiredo, que participou da abertura do curso.
O curso também foca na troca de experiência como é o caso da major da PM, Priscilla de Oliveira Azevedo, comandante da 1ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado do RJ, instalada no Santa Marta. A major abordou nesta segunda-feira, o tema “Troca de experiência em Polícia Comunitária”. Os instrutores do curso são habilitados pelo Ministério da Justiça/SNASP. Até sexta-feira serão abordados temas como Direitos Humanos, Mobilização Social e Estruturação dos Conselhos Comunitários e Mediação de Conflitos.
- O curso é uma estratégica na área de RH para promovermos a consolidação do processo de pacificação. É importante ressaltar que ações contínuas voltadas para a capacitação dos agentes de segurança são fundamentais para desenvolver esse processo, com a participação de lideranças comunitárias que serão multiplicadores desse conhecimento. As assistentes sociais do município nos auxiliaram com o encaminhamento de sete moradores de comunidades pacificadas, como a Malvinas, Nova Esperança, Nova Holanda e Lagomar, que estão participando do curso – explicou o coordenador do Gabinete de Gestão Integrada, tenente coronel Edmilson Jório.
O processo de pacificação realizado pela Polícia Militar começou em dezembro de 2011 em Macaé, nas localidades das Malvinas, Nova Holanda, Nova Esperança e Lagomar, e tem apoio da prefeitura.
O presidente da Ong Sociedade Amigos do Lagomar, Jurandir Braz, o Carneiro, está participando do curso e sua expectativa é de melhorar ainda mais seu conhecimento. “A finalidade é que o curso ajude os moradores do bairro a resgatar a cidadania, a ética e a moral. Desde o início do ano, com a chegada da PM, o Lagomar melhorou significativamente. Queremos resgatar a dignidade”, explica o marítimo que também é integrante do Conselho da Cidade e do Comitê Gestor de Saneamento Básico.